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versão completa em PDF - Escola de Enfermagem - UFMG

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CAUSAS DE LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE EM UM GRUPO DE TRABALHADORES DE CENTRAL DEMATERIAL ESTERILIZADO DE UM HOSPITAL DE BELO HORIZONTEpelo setor, pois se por um lado acontece acúmulo <strong>de</strong> serviçopara os que estão <strong>em</strong> ativida<strong>de</strong>, por outro não se têm dadosconfiáveis sobre os motivos que levaram esses trabalhadoresàs licenças, ou mesmo sobre a gravida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada situação<strong>em</strong> particular, ou se as licenças estão associadas a doençasrelacionadas com o trabalho.Apesar da dificulda<strong>de</strong> na i<strong>de</strong>ntificação das causas quelevam um trabalhador a se ausentar <strong>de</strong> suas ativida<strong>de</strong>s, éindispensável que cada serviço <strong>de</strong>senvolva formas <strong>de</strong>i<strong>de</strong>ntificar os motivos das ausências e buscar estratégiaspara minorar tal probl<strong>em</strong>a, equilibrando os custos sociais eos resultados econômicos.OBJETIVOI<strong>de</strong>ntificar as causas <strong>de</strong> licenças para tratamento <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><strong>de</strong> trabalhadores da CME do hospital <strong>em</strong> estudo, ocorridas<strong>em</strong> um período <strong>de</strong> seis meses.METODOLOGIALocal do estudoCentral <strong>de</strong> Material Esterilizado <strong>de</strong> um hospital filantrópicoe conveniado ao Serviço Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> – SUS <strong>de</strong> BeloHorizonte, que se caracteriza por possuir 1200 leitos parainternação, bloco cirúrgico com 19 salas <strong>de</strong> cirurgia, umacentral <strong>de</strong> material esterilizado e 19 leitos <strong>de</strong> recuperaçãopós-anestésica.População/amostraForam consi<strong>de</strong>rados todos os trabalhadores lotados naCME para cumprir os objetivos <strong>de</strong>ste estudo, excluindo-se osenfermeiros, por executar<strong>em</strong> também tarefas <strong>de</strong>administração do setor 5 , os trabalhadores da limpeza dosetor 4 , a secretária 1 e um trabalhador que se recusou aparticipar do estudo.Participaram da amostra 62 trabalhadores entre auxiliarese aten<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> enfermag<strong>em</strong> e operadores <strong>de</strong> autoclaveda CME.Coleta <strong>de</strong> dadosUtilizou-se um formulário elaborado pelas pesquisadoras,no qual foram registrados dados sobre a ocorrência <strong>de</strong>licenças para tratamento <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>em</strong> um períodoestabelecido <strong>de</strong> seis meses. Os dados foram coletadosdiretamente com o trabalhador e a participação no estudo foioptativa. Cabe ressaltar que um 1 trabalhador preferiu nãoparticipar e, por isso, foi excluído da pesquisa. Foramanalisadas variáveis referentes ao fato <strong>de</strong> ter havido licençapara tratamento <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> no período estudado, à presença<strong>de</strong> queixas <strong>de</strong> <strong>de</strong>sconforto no sist<strong>em</strong>a osteomuscular, àjornada <strong>de</strong> trabalho na CME, ao turno <strong>de</strong> trabalho, à ida<strong>de</strong> dotrabalhador, à data da admissão nesse hospital, ao períododa licença, à causa da licença segundo informação dotrabalhador, à presença <strong>de</strong> outro vínculo <strong>em</strong>pregatício, àexecução <strong>de</strong> serviços domésticos e ao hábito <strong>de</strong> realizarhoras extras no trabalho.Análise dos dadosUtilizou-se frequência simples e percentual noprocessamento e análise dos dados.RESULTADOS E DISCUSSÃOEntre os 62 trabalhadores que participaram da pesquisa,39 (62,9%) entraram <strong>em</strong> licença para tratamento <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> noperíodo do estudo (seis meses) e 23 (37%) não necessitaramlicença nesse período.Entre os 39 trabalhadores que tiraram licença <strong>em</strong> seismeses, obteve-se que 12 (30,7%) referiram doresosteoarticulares nos m<strong>em</strong>bros superiores, <strong>em</strong> locais eintensida<strong>de</strong>s variadas, e 27 negaram sentir dores. Desses 39trabalhadores, 13 afirmaram realizar hora-extra no serviço, 11referiram ter mais <strong>de</strong> um <strong>em</strong>prego e 21 faz<strong>em</strong> serviçosdomésticos regularmente além <strong>de</strong> trabalhar na CME.Consi<strong>de</strong>rando-se os 17 (27,4%) trabalhadores quenecessitaram <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> um período <strong>de</strong> licença <strong>em</strong> seismeses, somam-se 110 períodos <strong>de</strong> licenças, totalizando 442dias incluindo-se um caso <strong>de</strong> licença maternida<strong>de</strong> por quatromeses (120 dias) e 5 casos <strong>em</strong> que houve dificulda<strong>de</strong> paraprecisar o total <strong>em</strong> dias por ser<strong>em</strong> licenças por períodoin<strong>de</strong>terminado. 0 período mais frequente <strong>de</strong> licenças foi <strong>de</strong> 1a 5 dias (69,2%).Quanto à jornada <strong>de</strong> trabalho dos trabalhadores queentraram <strong>em</strong> licença-saú<strong>de</strong> <strong>em</strong> 6 meses, obteve-se que 24<strong>de</strong>les faz<strong>em</strong> turnos <strong>de</strong> 12/36 horas e 15 faz<strong>em</strong> turnos <strong>de</strong> seishoras, praticamente o dobro; entretanto t<strong>em</strong>-se que no total<strong>de</strong> trabalhadores, 24 cumpr<strong>em</strong> turno <strong>de</strong> 6h, e 37 trabalham<strong>em</strong> turnos <strong>de</strong> 12/36 horas, ou seja, a proporção praticamentese mantém, mostrando que não há diferenças <strong>em</strong> número <strong>de</strong>licenças para os dois turnos. Vinte e dois dos trabalhadoreslicenciados têm ida<strong>de</strong> entre 20 e 40 anos (56,4%), e 15trabalhadores têm ida<strong>de</strong> entre 41 e 60 anos (38,4%), o queevi<strong>de</strong>ncia que a ida<strong>de</strong> não significa, nesses casos, um<strong>de</strong>terminante para maior número <strong>de</strong> licenças. As causas daslicenças para tratamento <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, o número <strong>de</strong> licenças e operíodo <strong>de</strong> licença <strong>em</strong> dias encontram-se <strong>de</strong>scritos a seguir.90 - Rev. Min. Enf., 7(2):89-92, jul./<strong>de</strong>z., 2003

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