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versão completa em PDF - Escola de Enfermagem - UFMG

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CAUSAS DE LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE EM UM GRUPO DE TRABALHADORES DE CENTRAL DEMATERIAL ESTERILIZADO DE UM HOSPITAL DE BELO HORIZONTECAUSES OF LEAVE FOR HEALTH TREATMENT IN A GROUP OFWORKERS OF A MATERIAL STERILIZATION CENTER IN A BELOHORIZONTE OFFICECAUSAS DE LICENCIA DE SALUD DE UN GRUPO DEOBREROS DEL DEPARTAMENTO DE ESTERILIZACIÓNCENTRAL DE UN HOSPITAL DE BELO HORIZONTEA<strong>de</strong>lai<strong>de</strong> De Mattia Rocha *Maria Cristina Silva**Tânia Couto Machado Chianca***RESUMOEste estudo teve como objetivo i<strong>de</strong>ntificar as causas <strong>de</strong> licenças para tratamento <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> ocorridas <strong>em</strong> 6 meses, <strong>em</strong> trabalhadores da CME <strong>de</strong> umhospital <strong>de</strong> Belo Horizonte. A coleta <strong>de</strong> dados foi realizada através <strong>de</strong> questionário s<strong>em</strong>i-estruturado. l<strong>de</strong>ntíficou-se que 62,9% dos trabalhadoresentraram <strong>em</strong> licença-saú<strong>de</strong> <strong>em</strong> 6 meses. 0 período mais frequente <strong>de</strong> licenças foi <strong>de</strong> 1 a 5 dias (69,2%). As alterações do sist<strong>em</strong>a músculo-esqueléticoligamentarrespon<strong>de</strong>ram por 36,3% dos períodos <strong>de</strong> licença, por 100% dos casos <strong>de</strong> licença por período in<strong>de</strong>terminado e por 25,5% do total <strong>de</strong> diascomputados <strong>de</strong> ausências ao serviço. As alterações obstétricas e ginecológicas representaram 9% dos períodos <strong>de</strong> licenças e 31,6% dos diascomputados <strong>de</strong>vido à licença maternida<strong>de</strong>. Os resultados mostraram as doenças do sist<strong>em</strong>a músculo-esquelético-ligam<strong>em</strong>ar como a mais importantecausa <strong>de</strong> licença para tratamento <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, tanto pelo número <strong>de</strong> ocorrências como pelo longo período <strong>de</strong> afastamento que acarretaram. Concluiu-seque a maioria das causas relatadas <strong>de</strong> licenças para tratamento <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> po<strong>de</strong>riam ser prevenidas com controle periódico <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> do trabalhador ea adoção <strong>de</strong> medidas preventivas na organização do trabalho.Palavras-Chave: Licença Médica; Saú<strong>de</strong> Ocupacional; Serviço; Administração <strong>de</strong> Materiais no Hospital; EsterilizaçãoO absenteísmo é consi<strong>de</strong>rado um grave probl<strong>em</strong>anos serviços <strong>de</strong> enfermag<strong>em</strong>, <strong>de</strong>vido aos altos custosgerados pelas ausências e aos incalculáveis prejuízos àorganização diária do trabalho. Apesar disso, os estudossobre suas possíveis causas têm mostrado que oabsenteísmo é <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminação multifatorial e po<strong>de</strong> estarrelacionado a doenças propriamente ditas, a condições <strong>de</strong>vida pessoal dos trabalhadores ou até mesmo à falta d<strong>em</strong>otivação para o trabalho 1 .Sobre as doenças que frequent<strong>em</strong>ente acomet<strong>em</strong> ostrabalhadores, sabe-se que, <strong>em</strong> unida<strong>de</strong>s hospitalares, sãocomuns as Doenças Osteomusculares Relacionadas com oTrabalho – DORT, <strong>de</strong>terminadas pelo manuseio excessivo <strong>de</strong>cargas, movimentos repetitivos e adoção <strong>de</strong> posição corporalincômoda para a execução das tarefas 2 . Entretanto muitos<strong>de</strong>sses movimentos lesivos ao trabalhador, ou até mesmo amotivação para o trabalho, pod<strong>em</strong> ser <strong>de</strong>terminados porfatores relacionados à organização do próprio trabalho, àscondições do local <strong>de</strong> trabalho e <strong>de</strong>ficiências no treinamentodos trabalhadores para a execução das tarefas, que setraduz<strong>em</strong> <strong>em</strong> condições ergonômicas ina<strong>de</strong>quadas 2 .A ergonomia foi <strong>de</strong>finida pela Organização Internacional doTrabalho – OIT, <strong>em</strong> 1960, como “Aplicação das ciênciasbiológicas humanas <strong>em</strong> conjunto com os recursos e técnicas<strong>de</strong> engenharia para alcançar o ajustamento mútuo i<strong>de</strong>al entreo hom<strong>em</strong> e seu trabalho” 3 .A redação da Norma Regulamentadora NR-17 (Ergonomia)mostra uma modificação conceitual <strong>de</strong>stacando aimportância da “Adaptação das condições <strong>de</strong> trabalho àsnecessida<strong>de</strong>s psicofisiológicas dos trabalhadores, <strong>de</strong> modo aproporcionar um máximo <strong>de</strong> conforto, segurança e<strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho eficiente” 4 .Nesse sentido, a Central <strong>de</strong> Material Esterilizado – CMEcaracteriza-se como uma unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> risco para o trabalhador<strong>de</strong> enfermag<strong>em</strong>, por incluir <strong>em</strong> suas funções tarefasrepetitivas e o manuseio <strong>de</strong> cargas.Na CME selecionada para este estudo, são comuns asausências <strong>de</strong> trabalhadores <strong>de</strong> enfermag<strong>em</strong> ao serviço,geralmente motivadas por licenças para tratamento <strong>de</strong>saú<strong>de</strong>. Tal fato t<strong>em</strong> preocupado as enfermeiras responsáveis* Enfermeira. Doutora <strong>em</strong> Enfermag<strong>em</strong>. Professora Adjunta da <strong>Escola</strong> <strong>de</strong>Enfermag<strong>em</strong> da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas Gerais..** Enfermeira do Hospital das Clínicas da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> MinasGerais e da Santa Casa <strong>de</strong> Belo Horizonte.*** Doutora <strong>em</strong> Enfermag<strong>em</strong>. Professora Adjunta da <strong>Escola</strong> <strong>de</strong> Enfermag<strong>em</strong>da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas Gerais.En<strong>de</strong>reço para correspondência:<strong>Escola</strong> <strong>de</strong> Enfermag<strong>em</strong> da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas Gerais. Av. Prof.Alfredo Balena, 190 – sala 308. Belo Horizonte-MG. Fone (31) 32489852.Fax: (31) 32489853- Rev. Min. Enf., 7(2):89-92, jul./<strong>de</strong>z., 200389

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