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versão completa em PDF - Escola de Enfermagem - UFMG

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O USO DA BOLA DO NASCIMENTO NA PROMOÇÃO DA POSIÇÃO VERTICALEM PRIMÍPARAS DURANTE O TRABALHO DE PARTOpertenciam ao grupo <strong>de</strong>ambulação necessitaram <strong>de</strong> menosanalgesia na primeira fase do trabalho <strong>de</strong> parto, tiveram umamenor ocorrência <strong>de</strong> uso <strong>de</strong> fórceps e menor variação dosbatimentos fetais antes do período expulsivo. Além disso,relataram experiência mais positiva <strong>em</strong> relação ao parto do queo grupo que utilizou a ocitocina 5 .Estudos <strong>de</strong>senvolvidos por vários autores 6, 7, 8 para avaliar osefeitos da posição materna na contratilida<strong>de</strong> uterina e no alívioda dor apontaram que as mulheres que permaneceram naposição vertical, durante o trabalho <strong>de</strong> parto, tiveram aintensida<strong>de</strong> das contrações aumentadas significativamente,<strong>em</strong>bora com uma freqüência menor; sentiram menor<strong>de</strong>sconforto <strong>em</strong> relação às contrações e tiveram menornecessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> analgesia quando comparadas comparturientes <strong>em</strong> posição horizontal. Verificou-se, também, que aforça da gravida<strong>de</strong> combinada com o peso do feto exercia umapressão adicional <strong>de</strong> 10-35mmHg no colo uterino.Embora a literatura consultada indique a posição verticalcomo uma das mais favoráveis ao trabalho <strong>de</strong> parto, observaseque a maior parte das maternida<strong>de</strong>s <strong>em</strong> nosso país aindanão estão preparadas para tal, por questões culturais oumesmo por falta <strong>de</strong> conhecimento científico e <strong>de</strong> tecnologiaapropriada para o seu uso.Tendo <strong>em</strong> vista que a bola do nascimento é um recurso quepo<strong>de</strong> ser usado na promoção da posição vertical durante otrabalho <strong>de</strong> parto, realizou-se o presente estudo com o objetivo<strong>de</strong> analisar algumas variáveis do trabalho <strong>de</strong> parto <strong>em</strong>primíparas, tendo como foco o uso da bola, no Centro <strong>de</strong> PartoNormal “Dr. David Capistrano da Costa Filho”, <strong>em</strong> BeloHorizonte, Minas Gerais.ObjetivoVerificar se o uso da bola do nascimento, como um recursoque promove a posição vertical da mulher, durante a fase ativado trabalho <strong>de</strong> parto, exerce alguma influência nos resultadosmaternos <strong>em</strong> parturientes primíparas <strong>de</strong> baixo risco.Materiais e MétodosCenário do EstudoO estudo foi realizado no Centro <strong>de</strong> Parto Normal (CPN) “Dr.David Capistrano da Costa Filho”, que está localizado no DistritoSanitário Norte <strong>de</strong> Belo Horizonte. Nesse centro presta-seassistência ao parto <strong>de</strong> risco habitual, tentando preservar ascaracterísticas <strong>de</strong> um parto domiciliar. Dessa forma, procura-setornar o nascimento mais um ato fisiológico do que médico,restituindo-lhe sua dimensão social. O centro funciona <strong>de</strong> formaintegrada ao Hospital Sofia Feldman, que é referência para umapopulação <strong>de</strong> aproximadamente 400.000 habitantes, dosDistritos Sanitários Norte e Nor<strong>de</strong>ste. Destina 100% <strong>de</strong> seusleitos à clientela do Sist<strong>em</strong>a Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (SUS) e ofereceassistência ambulatorial e hospitalar à mulher, ao recémnascido,à criança e ao adolescente. Possui serviços <strong>de</strong> prénatale planejamento familiar; maternida<strong>de</strong>; alojamento conjuntoe Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Cuidados Intermediários e Intensivos Neonatais.No CPN, a responsável pela assistência ao parto normal <strong>de</strong>risco habitual e s<strong>em</strong> distócia é a enfermeira obstétrica,obe<strong>de</strong>cendo às orientações do Ministério da Saú<strong>de</strong> contidas naPortaria nº 985/99. A estrutura do CPN é composta por 5 quartosPPP (pré-parto, parto e puerpério) com banheiro e varanda. Éincentivado que uma pessoa da família permaneça com a mulherdurante todo o trabalho <strong>de</strong> parto, parto e pós-parto.Coleta <strong>de</strong> DadosA coleta <strong>de</strong> dados ocorreu no CPN no período entre janeiro <strong>em</strong>aio <strong>de</strong> 2002 com a participação <strong>de</strong> 40 parturientes quepreencheram os critérios <strong>de</strong> inclusão por ocasião da admissão:ser primípara, gestação a termo, feto único <strong>em</strong> posição cefálica,m<strong>em</strong>branas ovulares íntegras, líquido amniótico claro, trabalho<strong>de</strong> parto <strong>de</strong> início espontâneo, dilatação cervical menor ou iguala 4-5cm.Após a admissão, as parturientes foram abordadas pelapesquisadora que explicou o objetivo do estudo e as convidoupara participar da pesquisa. Em seguida, foi sorteado o grupoao qual a mulher pertenceria, através <strong>de</strong> envelopepardo lacrado.Houve a a<strong>de</strong>são <strong>de</strong> 40 parturientes que foram distribuídas daseguinte forma: as parturientes do grupo A tinham a boladisponível no quarto e receberam explicação dos benefícios doseu uso, além <strong>de</strong> ser<strong>em</strong> estimuladas a permanecer na bola,mas tinham a liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> adotar a posição que achass<strong>em</strong>mais confortável. As do grupo B não tinham a bola disponível noquarto e eram estimuladas a seguir a própria rotina do CPN,que também estimula a adoção <strong>de</strong> posições verticais.A posição das parturientes, <strong>em</strong> ambos os grupos, foiverificada pela pesquisadora <strong>de</strong> 15/15min durante toda a faseativa do trabalho <strong>de</strong> parto e anotada <strong>em</strong> um protocolo <strong>de</strong> coleta<strong>de</strong> dados <strong>de</strong> acordo com a evolução do trabalho <strong>de</strong> parto. Osexames <strong>de</strong> verificação da dilatação cervical foram realizadospela enfermeira obstétrica <strong>de</strong> acordo com a rotina do CPN(3/3h). A fase ativa do trabalho <strong>de</strong> parto, neste estudo, foiconsi<strong>de</strong>rada 4-5cm da linha <strong>de</strong> base do partograma do CentroLatinoamericano <strong>de</strong> Perinatologia (CLAP) 10 .Não foram realizados exames <strong>de</strong> verificação cervical para apesquisa porque, <strong>de</strong> acordo com o estudo <strong>de</strong> Mcmanus eCal<strong>de</strong>r 11 , isso po<strong>de</strong>ria influenciar na duração do trabalho <strong>de</strong>parto. Intervenções, como rompimento artificial <strong>de</strong> m<strong>em</strong>branas(RAM), e o uso <strong>de</strong> Ocitocina foram realizados <strong>de</strong> acordo com a- Rev. Min. Enf., 7(2):134-9, jul./<strong>de</strong>z., 2003135

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