11.07.2015 Views

versão completa em PDF - Escola de Enfermagem - UFMG

versão completa em PDF - Escola de Enfermagem - UFMG

versão completa em PDF - Escola de Enfermagem - UFMG

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

O USO DA BOLA DO NASCIMENTO NA PROMOÇÃO DA POSIÇÃO VERTICALEM PRIMÍPARAS DURANTE O TRABALHO DE PARTOrotina da enfermag<strong>em</strong> obstétrica, baseadas na evolução dotrabalho <strong>de</strong> parto através do partograma do CLAP.Análise estatísticaOs dados foram analisados por uma consultoria estatísticaque não teve conhecimento sobre a que grupo as mulherespertenciam. As análises <strong>de</strong> associação entre grupos e asvariáveis: tipo <strong>de</strong> parto, presença <strong>de</strong> líquido amniótico,escolarida<strong>de</strong>, estado civil, ocorrência <strong>de</strong> parto pr<strong>em</strong>aturoanterior, presença <strong>de</strong> patologia, hábito <strong>de</strong> fumar, uso <strong>de</strong>Ocitocina, RAM, laceração e episiotomia foram realizadasutilizando-se o teste exato <strong>de</strong> Fisher, similar ao teste do quiquadrado.As comparações entre as médias das ida<strong>de</strong>s dos 2grupos <strong>de</strong> parturientes foram realizadas utilizando-se o teste t<strong>de</strong> Stu<strong>de</strong>nt para amostras in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes.As comparações entre os 2 grupos, <strong>em</strong> relação às variáveis:número <strong>de</strong> anos <strong>de</strong> estudo, número <strong>de</strong> consultas pré-natais,t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> duração do 1º estágio, t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> <strong>de</strong>ambulação e naposição sentada, t<strong>em</strong>po sob o chuveiro, t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> <strong>de</strong>cúbitolateral, t<strong>em</strong>po na posição horizontal, t<strong>em</strong>po na posição vertical,t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> duração do 2º estágio e peso do RN foram realizadasutilizando-se o teste <strong>de</strong> Kruskal-Wallis. Este teste nãoparamétrico t<strong>em</strong> como objetivo comparar duas ou maisamostras in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>em</strong> relação a uma variável <strong>de</strong> interesseque seja no mínimo ordinal, <strong>de</strong> amostras pequenas e que nãotenha garantia que apresente uma distribuição normal. Isto é,este teste não se baseia na média e <strong>de</strong>svio-padrão, ou seja, <strong>em</strong>parâmetros e, sim, <strong>em</strong> posições (Rank - posição do indivíduo naamostra) das medidas das variáveis <strong>em</strong> cada grupo <strong>de</strong> pacienteestudado. Para a análise da significância dos testes estatísticosfoi consi<strong>de</strong>rado = 0,05.Apresentação e Discussão dos ResultadosCaracterísticas da população estudadaNo grupo A, 4 (25%) parturientes que foram selecionadaspara este grupo não fizeram uso da bola <strong>em</strong> nenhum momentoda fase ativa do trabalho <strong>de</strong> parto. No grupo B, 2 (10%)parturientes evoluíram para parto cesárea. Não houve diferençasignificativa (p = 0,492) entre os grupos quanto à ocorrência <strong>de</strong>cesáreas. Essas parturientes foram excluídas da análise <strong>de</strong>dados porque o objetivo do trabalho foi verificar o uso da boladurante o trabalho <strong>de</strong> parto normal.Neste estudo não foi estabelecido a priori um critério <strong>de</strong>inclusão baseado na ida<strong>de</strong>. Sendo assim, <strong>em</strong> ambos os gruposfoi observada a presença <strong>de</strong> parturientes com a ida<strong>de</strong> mínima<strong>de</strong> 14 anos. A maior parte das parturientes, 97 % encontra-sena faixa etária entre 14 e 32 anos como po<strong>de</strong> se observar naTABELA I apresentada a seguir.Tabela 1 - Análise <strong>de</strong>scritiva e comparativa das característicasda amostraGruposIda<strong>de</strong> materna (anos)*Anos <strong>de</strong> estudo*Média <strong>de</strong> consultas pré-natais*Tabagismo**História <strong>de</strong> aborto anterior**História <strong>de</strong> doença prévia**A (N=16)18,9 ± 4,34,5 ± 2,66,4 ± 1,91 (6,3%)1 (6,3%)3 (18,8%)* Média ± <strong>de</strong>svio padrão - teste <strong>de</strong> Kruskal Wallis** frequência (porcentag<strong>em</strong>) - teste qui-quadradoB (N=18)19,8 ± 4,55,0 ± 2,27,1 ± 2,92 (11%)4 (22%)3 (16,7%)p0,550,490,551,000,341,00De acordo com a Organização Mundial <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, ida<strong>de</strong> < 15anos representa um dos fatores <strong>de</strong> risco durante a gestação poraumentar o risco <strong>de</strong> an<strong>em</strong>ia, pré e eclampsia e obstruçãodurante o trabalho <strong>de</strong> parto <strong>de</strong>vido ao fato <strong>de</strong> o própriocrescimento físico da gestante não estar completo. Asgestantes entre 16 e 35 anos correspond<strong>em</strong> ao grupo etário d<strong>em</strong>enor risco perinatal 12 . Em relação à ida<strong>de</strong> materna, os dadosvão ao encontro <strong>de</strong> um estudo anterior, realizado com 211puérperas na maternida<strong>de</strong> do Hospital Sofia Feldman 84% daspuérperas entrevistadas tinham ida<strong>de</strong> inferior a 30 anos 13 .Com relação ao número <strong>de</strong> anos <strong>de</strong> estudo, verificou-se umamédia <strong>de</strong> 4,5 e 5,0 anos no grupo bola e no grupo s<strong>em</strong> bolarespectivamente, o que d<strong>em</strong>onstra que não houve diferençasignificativa (p = 0,496). É importante avaliar as condiçõessocioeconômicas e educacionais durante a gestação, já queexiste uma forte associação observada entre os resultadosperinatais ruins e o baixo nível socioeconômico. A<strong>de</strong>teriorização sociocultural está associada a um número menor<strong>de</strong> consultas pré-natais, a famílias mais numerosas, asuperlotação domiciliar, a um número maior <strong>de</strong> gestantes querealizam trabalho físico, à manutenção <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalhoaté períodos muito adiantados da gravi<strong>de</strong>z, a um menor nível <strong>de</strong>instrução e a uma freqüência maior <strong>de</strong> gestaçõesnão estáveis 14 .Verifica-se ainda na TABELA I que não existe diferençasignificativa entre os 2 grupos <strong>de</strong> pacientes <strong>em</strong> relação aonúmero <strong>de</strong> consultas pré-natais. A média <strong>de</strong> consultas prénatais<strong>em</strong> ambos os grupos está <strong>de</strong> acordo com o que épreconizado pelo Ministério da Saú<strong>de</strong>, que recomenda 6consultas <strong>de</strong> pré-natal como número mínimo a<strong>de</strong>quado duranteo período <strong>de</strong> gravi<strong>de</strong>z 14 .No presente estudo, 6,3% das pacientes que usaram a boladisseram que têm o hábito <strong>de</strong> fumar e no grupo <strong>de</strong> pacientesque não usaram a bola esse percentual foi <strong>de</strong> 11,1%. Porém,não existe diferença significativa (p = 1,000) entre os 2 grupos<strong>de</strong> pacientes quanto a esse hábito.Das parturientes do grupo com bola e s<strong>em</strong> bola foi verificadoque 18,8% e 16,7% respectivamente, apresentavam algumapatologia prévia durante a gestação, não havendo diferença136 - Rev. Min. Enf., 7(2):134-9, jul./<strong>de</strong>z., 2003

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!