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versão completa em PDF - Escola de Enfermagem - UFMG

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MORTALIDADE INFANTIL NO MUNICÍPIO DE ALFENAS/MG, 1998-2000:PERFIL DE RISCO E EVITABILIDADE.INFANT MORTALITY IN ALFENAS, STATE OF MINAS GERAIS,1998-2000: RISK AND PREVENTION PROFILE.MORTALIDAD INFANTIL EN EL MUNICIPIO DE ALFENAS,1998-2000: PERFIL DE RIESGO Y EVITABILIDADBerna<strong>de</strong>te VS Reh<strong>de</strong>r*Francisco Carlos Félix Lana**RESUMOTrata-se <strong>de</strong> um estudo <strong>de</strong> coorte objetivando analisar o risco <strong>de</strong> morte infantil e seus fatores <strong>de</strong>terminantes no município <strong>de</strong> Alfenas, Sul <strong>de</strong> Minas. Asvariáveis estudadas foram: peso ao nascer, duração da gestação, ida<strong>de</strong> e escolarida<strong>de</strong> materna e número <strong>de</strong> consultas pré-natais. Os riscos relativosmais elevados correspon<strong>de</strong>ram aos recém-nascidos <strong>de</strong> baixo peso; aos pr<strong>em</strong>aturos; aos filhos <strong>de</strong> mães com menos <strong>de</strong> 15 anos; aos filhos <strong>de</strong> mãescom menos <strong>de</strong> oito anos <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>; e daquelas que receberam menos <strong>de</strong> 6 consultas <strong>de</strong> pré-natal. Os resultados apontam para a necessida<strong>de</strong><strong>de</strong> implantação <strong>de</strong> ações sist<strong>em</strong>atizadas e articuladas no município visando a monitorização da saú<strong>de</strong> materno-infantil.Palavras-Chave: Mortalida<strong>de</strong> Infantil; Fatores <strong>de</strong> Risco; Vigilância Epid<strong>em</strong>iológicaN os últimos cinco anos, a taxa <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> infantilno Brasil apresentou uma queda significativa <strong>em</strong> todas asregiões do País. No período <strong>de</strong> 1994-1999 passou <strong>de</strong> 39,6 para35,6 por mil nascidos vivos, sendo evitadas mais <strong>de</strong> 60.000mortes <strong>de</strong> crianças menores <strong>de</strong> um ano. As áreas ruraisapresentaram taxas <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> duas vezes maiores que asregiões urbanas. Nos gran<strong>de</strong>s centros observam-se bolsões <strong>de</strong>pobreza on<strong>de</strong> a mortalida<strong>de</strong> infantil permanece elevada. Essasdiferenças reflet<strong>em</strong> as dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> sobrevivência ante asprecárias condições <strong>de</strong> nutrição, moradia e saneamento eassistência à saú<strong>de</strong> a que está exposta significativa parcelada população 9 .A queda verificada nas diversas regiões brasileiras ocorreu,sobretudo, no componente pós-neonatal (óbitos ocorridosentre 28 dias e 1 ano <strong>de</strong> vida). Este componente caracteriza-seprincipalmente por óbitos <strong>de</strong>vidos a doenças infecciosas(diarréia, pneumonias e doenças imunopreveníveis) sensíveis aativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> promoção e prevenção como nutrição,saneamento básico, imunização e melhoria da assistência àsaú<strong>de</strong>. No mesmo período os óbitos por afecção perinatalassumiram maior importância, representando, segundo dadosdo Ministério da Saú<strong>de</strong>, 46,3% do total <strong>de</strong> óbitos infantis<strong>em</strong> 1995 9 .Na década <strong>de</strong> 70, com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> elaborar indicadoresda qualida<strong>de</strong> da atenção à saú<strong>de</strong>, Rutstein et al. 16 propuseramuma lista <strong>de</strong> causas <strong>de</strong> mortes tidas como pr<strong>em</strong>aturas e outrasconsi<strong>de</strong>radas por alguns autores como <strong>de</strong>snecessárias, asquais permitiriam avaliar a a<strong>de</strong>quação da intervenção preventivaou curativa. Esse trabalho gerou diversos aprofundamentos apartir da idéia da evitabilida<strong>de</strong> do óbito <strong>de</strong>snecessário e<strong>de</strong>senvolveu o conceito <strong>de</strong> morte evitável. Consi<strong>de</strong>ram-secomo <strong>de</strong>snecessárias ou preveníveis, as afecções quepo<strong>de</strong>riam ser evitadas com tecnologias a<strong>de</strong>quadas.Este conceito – morte evitável – também é conhecido comoevento sentinela porque, a partir do conhecimento <strong>de</strong> cadaóbito selecionado, é possível <strong>de</strong>terminar como eventoss<strong>em</strong>elhantes pod<strong>em</strong> ser evitados no futuro.Entre os vários métodos <strong>de</strong> trabalho adotados para abordaros probl<strong>em</strong>as <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e ao mesmo t<strong>em</strong>po reorganizar osserviços, t<strong>em</strong> tido <strong>de</strong>staque o enfoque <strong>de</strong> risco, estratégia<strong>de</strong>senvolvida pela OMS a partir <strong>de</strong> 1978 e amplamenteincorporada à área materno-infantil. Essa estratégia t<strong>em</strong> por* Departamento <strong>de</strong> Enfermag<strong>em</strong> da <strong>Escola</strong> <strong>de</strong> Farmácia e Odontologia<strong>de</strong> Alfenas – Centro Universitário Fe<strong>de</strong>ral.** Departamento <strong>de</strong> Enfermag<strong>em</strong> Materno Infantil da <strong>Escola</strong> <strong>de</strong>Enfermag<strong>em</strong> da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas GeraisEn<strong>de</strong>reço para correspondência:Berna<strong>de</strong>te VS Reh<strong>de</strong>rR. João Paulo Terra, 181, Colina’s Park,Alfenas, Minas GeraisE-mail: berna<strong>de</strong>ter@int.efoa.br- Rev. Min. Enf., 7(2):117-23, jul./<strong>de</strong>z., 2003117

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