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versão completa em PDF - Escola de Enfermagem - UFMG

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O IDOSO E A UNIVERSIDADE ABERTA À TERCEIRA IDADE*THE ELDERLY AND THE UNIVERSITY OPEN TO SENIORCITIZENSEL ANCIANO Y LA UNIVERSIDAD ABIERTA A LA TERCERAEDADLylian Salomé Fernan<strong>de</strong>s **Andressa Garcia Nicole ***Milei<strong>de</strong> Morais Pena ***Maria Betânia Tinti <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>****RESUMOCada vez mais o Brasil v<strong>em</strong> se tornando um país <strong>de</strong> idosos, mas a socieda<strong>de</strong> ainda não está preparada para acolher b<strong>em</strong> esses idosos. A Universida<strong>de</strong>Aberta à Terceira Ida<strong>de</strong> surge como um trabalho <strong>de</strong> valorização do idoso. Através <strong>de</strong>ste estudo procurou-se <strong>de</strong>svelar os motivos que levam o idoso aprocurar a UnATI. Para isto optamos pela pesquisa qualitativa com abordag<strong>em</strong> fenomenológica. Segundo os sujeitos do presente estudo a UnATI éprocurada como uma maneira <strong>de</strong> fugir da solidão, <strong>de</strong> buscar ativida<strong>de</strong>s que preencham a ociosida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r coisas novas, e umabusca por um convívio com pessoas da mesma ida<strong>de</strong> e com os jovens.Palavras-chave: Idoso; Universida<strong>de</strong>s; Educação Superior.Para Souza 1 , o t<strong>em</strong>po é o verda<strong>de</strong>iro <strong>de</strong>terminante daconcepção que cada pessoa t<strong>em</strong> <strong>de</strong> vida e <strong>de</strong> vivência, pois <strong>em</strong>função <strong>de</strong>le vários aspectos gerais caracterizam a dinâmica daterceira ida<strong>de</strong> e a i<strong>de</strong>ntificação que cada um faz <strong>de</strong> si mesmonessa fase. O t<strong>em</strong>po condiciona modificações biológicas doenvelhecimento, b<strong>em</strong> como a dinâmica da personalida<strong>de</strong> e aspossibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> adaptação social, já que a pessoa é obrigadaa assumir uma posição existencial.Segundo Barreto 2 , a velhice é associada, <strong>em</strong> geral, amodificações no corpo, sendo as principais o aparecimento <strong>de</strong>cabelos brancos e rugas, o andar mais lento, a posturaencurvada, a redução da capacida<strong>de</strong> auditiva e visual. Outrasmudanças internas ocorr<strong>em</strong>, ocasionando alterações nosdiversos sist<strong>em</strong>as do corpo. O processo <strong>de</strong> cicatrização <strong>de</strong>ferimentos é geralmente mais lento na velhice, <strong>em</strong> comparaçãocom a infância. Os ossos ficam mais sujeitos a fraturas, e estasd<strong>em</strong>oram mais a se consolidar.Os probl<strong>em</strong>as psicológicos, principalmente a <strong>de</strong>pressão,estão ligados a esse <strong>de</strong>clínio nas funções gerais do organismoe às mudanças na beleza e na forma do corpo; há também ummarcante <strong>de</strong>clínio na ativida<strong>de</strong> sexual entre os idosos. Diante<strong>de</strong>ssas modificações <strong>em</strong> seu próprio corpo, a pessoa terá <strong>de</strong> se“assumir velha”, tendo sua auto-imag<strong>em</strong> b<strong>em</strong> comprometida.Algumas tentarão adiar esse momento, outras irão exagerar asconseqüências da velhice. As duas atitu<strong>de</strong>s, opostas, incidirãosobre as atitu<strong>de</strong>s diante da doença e da saú<strong>de</strong>, comconseqüências práticas para os cuidados como corpo 2 .Todos, segundo Barreto 2 <strong>de</strong> uma maneira ou <strong>de</strong> outra,mostram espanto diante do corpo envelhecido – envelhecendo,que agora lhes é estranho.Na <strong>de</strong>scrição da velhice, quando se abandona suaexteriorida<strong>de</strong> – o corpo – e se busca sua interiorida<strong>de</strong>, o que seencontra <strong>de</strong> mais forte é o sentimento <strong>de</strong> solidão. Essesentimento r<strong>em</strong>ete, por sua vez, a outras realida<strong>de</strong>s concretas:aposentadoria, relacionamento com a família e relaçõesamorosas, entre outras 2 .Os m<strong>em</strong>bros mais novos da família têm outros interesses, ea casa já não t<strong>em</strong> o aconchego <strong>de</strong> antes. Muitas vezes, osidosos são <strong>de</strong>stituídos <strong>de</strong> seu papel <strong>de</strong> donos-<strong>de</strong>-casa e* Pesquisa realizada com apoio da Secretaria <strong>de</strong> Ensino Superior através doPrograma Especial <strong>de</strong> Treinamento.** Enfermeira, ex-bolsista <strong>de</strong> Iniciação Científica do Grupo PET, especialista<strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> da Família pelo Projeto Veredas <strong>de</strong> Minas – <strong>UFMG</strong>, pós-graduanda<strong>em</strong> Formação Pedagógica <strong>em</strong> Área da Saú<strong>de</strong> – Enfermag<strong>em</strong> pela FIOCRUZ.*** Enfermeira.**** Enfermeira, Docente do Departamento <strong>de</strong> Enfermag<strong>em</strong> da <strong>Escola</strong> <strong>de</strong>Farmácia e Odontologia <strong>de</strong> Alfenas/Centro Universitário Fe<strong>de</strong>ral, Mestre <strong>em</strong>Enfermag<strong>em</strong> pela <strong>UFMG</strong>.En<strong>de</strong>reço para correspondência:Lylian Salomé Fernan<strong>de</strong>sRua José Luiz da Costa Maia, 109.CEP: 37.275-000 – Cristais – MGTel: 35 - 3835.1164/ 35 - 3291.7316lylianenfermag<strong>em</strong>@zipmail.com.br- Rev. Min. Enf., 7(2):111-6, jul./<strong>de</strong>z., 2003111

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