3.2.4. Conclusão do casoVimos que o Sr. Takashi aplicava de forma mecânica a regra de mark-upe não conseguia ver a relação deste procedimento com o resultado daquitanda. Ao introduzir um novo setor no negócio, não percebeu que poderiaprovocar um desbalanceamento nos resultados. Pelo volume de custosindiretos, com o acréscimo do setor de congelados, exigiria no mínimo umvolume de vendas mensais de R$ 5.076,93 para manter o mesmo resultado, seaplicado um mark-up de 2,5.Situação atualVenda mínima commark-up de 2,5Receitas 3.125,00 5.076,93Impostos e taxa cartão crédito (12,5%) 390,63 634,62Compra produtos congelados 1.250,00 2.030,77Acréscimo de custos indiretos setor congelados 2.411,54 2.411,54Resultado (927,17) (0,00)Quadro 3.11. Situação inicia - impacto do acréscimo dos custos indiretos do setorcongeladosIsto contribuiu para um prejuízo médio mensal de R$ 927,17. A revisãoda política comercial e a observação que esse setor, dados os preços vigentesno mercado, permitiria aplicar um mark-up de 3,0, permitiram encontrar umasolução para o problema existente. O desdobramento do mark-up em seuscomponentes custos indiretos, incidências sobre preço de venda e margem delucro, permite analisar mais claramente a situação. Este procedimentodenomina-se determinação de custos a partir de proporções.3.3. PRINCIPAIS BASES <strong>DE</strong> CÁLCULO PARA APLICAÇÃO DO MARK-UP EPARA <strong>DE</strong>TERMINAÇÃO <strong>DE</strong> CUSTOS A PARTIR <strong>DE</strong> PROPORÇÕES(CUSTEIO POR TAXA)Estes modelos assumem que existe proporcionalidade entre o total decustos indiretos obtidos na estrutura de custo da empresa e o total de custosdiretos escolhidos como base de cálculo (para determinar esta proporção). Talproporção pode ser aplicada sobre os custos diretos de cada produto,atribuindo-se, assim, os custos indiretos aos mesmos.As principais bases de cálculo que podem ser usadas para determinarpreços por meio do mark-up são custo dos materiais e custos primários(materiais + mão de obra direta). Já para determinar custos a partir de<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> TÉCNICAS E PRÁTICAS <strong>DE</strong> GESTÃO ESTRATÉGICA <strong>DE</strong> CUSTOS NAS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS53
proporções pode-se usar, além daquelas bases, o valor da mão de obra direta,computando separadamente o valor dos materiais.Custos e despesasIndiretos (custos e despesas)Custos Diretos(Base de cálculo)TaxaProduto 1Produto 2Produto nFigura 3.1. Lógica de Custeio Proporcional ou por TaxasO objetivo conceitual geral do método por taxas é assegurar oressarcimento dos custos dos produtos através de um método que buscareproduzir, na unidade comercializada ou produzida, a estrutura proporcionalde custos e despesas da empresa.Uma pequena ou microempresa que tenha um processo produtivo bemsimples e uma estrutura Receitas/Custos diretos (base de cálculo) semelhanteàquela dos demais concorrentes poderá usar este modelo sem maioresproblemas.Exemplificando a lógica da aplicação das taxas, dada uma certaestrutura de custos correspondente a certo período e tendo escolhido a matériaprima como custo direto (e base de cálculo):Custos/despesas R$ % sobre base decálculoMatéria Prima (custo direto escolhido como base de cálculo) 1.000.000,00 100%Demais custos e despesas 800.000.00 80%Total de custos e despesas 1.800.000,00 180%Quadro 3.12. Um exemplo - Estrutura de Custos Correspondente ao Período XXXObserva-se que os demais custos e despesas correspondem a 80% dovalor da matéria prima consumida no período. A partir disto pressupõe-se quetodos os produtos manterão essa proporção e o custo indireto de cada um dosprodutos será 80% do valor da matéria prima. Ou seja, a proporção encontradana estrutura transmite-se para cada um dos “n” produtos.<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> TÉCNICAS E PRÁTICAS <strong>DE</strong> GESTÃO ESTRATÉGICA <strong>DE</strong> CUSTOS NAS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS54
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