12.07.2015 Views

Paula Terezinha Oliveira da Silva - UNISC Universidade de Santa ...

Paula Terezinha Oliveira da Silva - UNISC Universidade de Santa ...

Paula Terezinha Oliveira da Silva - UNISC Universidade de Santa ...

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

34ambiente, há inobservância <strong>da</strong> regulamentação norteadora <strong>da</strong>s relações <strong>de</strong> trabalho e/ouexploração que <strong>de</strong>sfavoreça o bem-estar dos trabalhadores, pois implica em aproveitamentoirracional e ina<strong>de</strong>quado.A proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> consagra<strong>da</strong> pela Constituição não é a <strong>da</strong> concepção absoluta, e sim, aproprie<strong>da</strong><strong>de</strong> encara<strong>da</strong> como função eminentemente social. Nessa linha, Diniz (1995)menciona que a Constituição assegura o direito <strong>de</strong> proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> e estabelece seu regimefun<strong>da</strong>mental, cabendo ao Direito Civil 28 , exclusivamente, disciplinar as relações civis a elainerentes. E que o direito <strong>de</strong> proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>sempenhar uma função social no sentido <strong>de</strong>que a or<strong>de</strong>m jurídica confere ao seu titular um po<strong>de</strong>r em que estão conjugados os interesses doproprietário e o do Estado ou social.A função social <strong>da</strong> proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> é referen<strong>da</strong><strong>da</strong> no Código Civil Brasileiro, <strong>de</strong> 2002,quando conceitua proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>, no seu artigo 1228, como sendo um direito <strong>de</strong> usar, gozar edispor <strong>da</strong> coisa <strong>da</strong> maneira mais completa possível, e o direito <strong>de</strong> reavê-la do po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> quemquer que injustamente a possua ou <strong>de</strong>tenha.Segundo <strong>Silva</strong> (1996), as normas <strong>de</strong> Direito Privado sobre a proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>vem sercompreendi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> conformi<strong>da</strong><strong>de</strong> com a disciplina que a Constituição lhe impõe. Isso é, trêsprincípios <strong>de</strong>vem ser cumpridos pelo proprietário rural no que tange à função social do imóvelrural 29 : o ecológico, o social e o econômico.Em suma, a função social <strong>da</strong> proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> rural <strong>de</strong>ve ser compreendi<strong>da</strong> como função eobrigação constitucional que ela tem <strong>de</strong>, na forma <strong>da</strong> legislação vigente, promover ocrescimento econômico e social <strong>de</strong> todos aqueles que <strong>de</strong>la <strong>de</strong>pen<strong>da</strong>m, respeitando-se o meioambiente e as relações <strong>de</strong> trabalho.O processo <strong>de</strong> formação e a caracterização <strong>da</strong> agricultura familiar na região FronteiraOeste do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul são relacionados no próximo capítulo. Capítulo este, que tambémcaracteriza o município <strong>de</strong> Alegrete e seu sistema agrário, bem como, a prática <strong>da</strong> agriculturafamiliar neste recorte regional pesquisado.28 A constitucionalização dos pilares do Direito Civil, entre eles a proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>, acarretou uma mu<strong>da</strong>nçaparadigmática <strong>de</strong>ste instituto. Antes vista como direito subjetivo absoluto, a proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> passou a traduzir umarelação entre sujeito e bem, que só se justifica como instrumento <strong>de</strong> viabilização <strong>de</strong> valores fun<strong>da</strong>mentais e sórecebe a tutela jurídica quando atendi<strong>da</strong> sua função social.29 O art. 3.º <strong>da</strong> Instrução Normativa MDA n.º 11, <strong>de</strong> 04 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 2003 menciona que para efeito do disposto noart. 4.º <strong>da</strong> Lei n.º 8.629/93, consi<strong>de</strong>ra-se: I- Imóvel Rural: o prédio rústico <strong>de</strong> área contínua qualquer que seja asua localização, que se <strong>de</strong>stine ou possa <strong>de</strong>stinar à exploração agrícola, pecuária, extrativa vegetal, florestal ouagroindustrial; II- Pequena Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>: o imóvel rural <strong>de</strong> área compreendi<strong>da</strong> entre 1 (um) e 4 (quatro) MódulosFiscais; III- Média Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>: o imóvel rural <strong>de</strong> área superior a 4 (quatro) e até 15 (quinze) Módulos Fiscais;IV- Gran<strong>de</strong> Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>: imóvel rural <strong>de</strong> área superior a 15 (quinze) Módulos Fiscais.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!