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Paula Terezinha Oliveira da Silva - UNISC Universidade de Santa ...

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37aproxima<strong>da</strong> <strong>de</strong> 13 mil hectares e algumas em função <strong>da</strong>s quotas per capita familiareschegavam a 70 mil hectares.Por conseguinte, e <strong>de</strong> acordo com Souza (2000), a região continuou <strong>de</strong>spovoa<strong>da</strong> emfunção <strong>da</strong> grandiosi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s rurais no Rio Gran<strong>de</strong> do Sul e, originariamente,apareceram os latifúndios e uma hierarquia composta <strong>de</strong> senhores, peões e escravos. Essasocie<strong>da</strong><strong>de</strong> passou a ser responsável pela segurança <strong>da</strong> região fronteiriça. Essas distribuições <strong>de</strong>terras e as manobras militares propiciaram o surgimento <strong>de</strong> centros e/ou aglomerações, cujabase econômica era a pecuária, e passaram a sediar as <strong>de</strong>cisões políticas <strong>da</strong> região,acontecendo em 1809, a divisão político-administrativa <strong>da</strong> Província. Durante o século XX einício do século XXI, esses centros permaneceram com gran<strong>de</strong> expressão política e foi nesseperíodo que surgiram Alegrete, Bagé, <strong>Santa</strong> Maria e São Gabriel (Figura 01, p. 41).O charque constituía alimento <strong>de</strong> escravos e as charquea<strong>da</strong>s gaúchas tinham pormercado o centro e o norte do país e as colônias antilhanas (SINGER, 1968).Durante o período <strong>da</strong> Guerra Cisplatina (1821-28), com o Ciclo do Charque, houve umfortalecimento <strong>da</strong> ca<strong>de</strong>ia produtiva o que auxiliou, também, no <strong>de</strong>senvolvimento econômico<strong>da</strong> região Fronteira Oeste do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul (SOUZA, 2000).A atração <strong>da</strong> pecuária, nessa época, <strong>de</strong> acordo com Singer (1968), é tamanha quecondiciona, inclusive, os <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes dos açorianos, que abandonam a lavoura para <strong>de</strong>dicarseà criação.Singer (1968) lembra que, por efeito <strong>da</strong> in<strong>de</strong>pendência, o Rio Gran<strong>de</strong> do Sul se tornauma só uni<strong>da</strong><strong>de</strong> administrativa. A dicotomia se revela sob a forma <strong>de</strong> contradições entre o sulpastoril e o centro lavrador, que explo<strong>de</strong>m na Guerra dos Farrapos (1835-45).Nessa linha, Souza (2000) menciona em seu resgate histórico que, nesta região <strong>de</strong>pecuária, a vinculação econômica <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> foi maior com o campo, situação esta queexplica o porquê <strong>da</strong>s ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s funcionarem somente como apoio político e social e não comoapoio à produção rural. Assim, a pecuária e os produtos <strong>de</strong>rivados foram se <strong>de</strong>senvolvendoem gran<strong>de</strong>s proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s. A mão <strong>de</strong> obra contava com peões escravos e a mantença <strong>de</strong>estrutura social rígi<strong>da</strong> e hierarquiza<strong>da</strong>.No sul, segundo Singer (1968), o latifúndio mostrou-se capaz <strong>de</strong> superar a monocriação<strong>de</strong> gado para corte, diversificando a sua produção, com a introdução <strong>de</strong> ovelhas nospastos e com o surgimento <strong>da</strong> lavoura, através do arren<strong>da</strong>mento <strong>de</strong> terras a grupos capitalistaspara cultivo <strong>de</strong> cereais em larga escala. Mas o problema fun<strong>da</strong>mental continuou sendo aestagnação <strong>da</strong> pecuária, <strong>de</strong>vido à exaustão dos pastos naturais; e a técnica emprega<strong>da</strong> teria queser substituí<strong>da</strong> pela pecuária intensiva, com pastos cultivados. E, igualmente, neste caso, o

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