12.07.2015 Views

Paula Terezinha Oliveira da Silva - UNISC Universidade de Santa ...

Paula Terezinha Oliveira da Silva - UNISC Universidade de Santa ...

Paula Terezinha Oliveira da Silva - UNISC Universidade de Santa ...

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

354 CARACTERIZAÇÃO DA FRONTEIRA OESTE DO RIO GRANDE DO SULA conceituação <strong>de</strong> agricultura familiar 30 apresenta-se sob uma enorme diversi<strong>da</strong><strong>de</strong>conceitual e por condicionantes históricos, portanto tornou-se importante caracterizar o que seenten<strong>de</strong>u por agricultura familiar na região Fronteira Oeste do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, tomando-secomo base o processo <strong>de</strong> ocupação do recorte regional pesquisado.4.1 Processo <strong>de</strong> formação <strong>da</strong> região Fronteira Oeste do Rio Gran<strong>de</strong> do SulO <strong>de</strong>senvolvimento do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul e, no caso em pauta, <strong>da</strong> região FronteiraOeste do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul é resultado do processo histórico <strong>de</strong> ocupação do estado e do<strong>de</strong>corrente processo econômico, social, político e cultural, bem como, <strong>da</strong>s característicasfísicas <strong>de</strong>sta região, na qual predominam os campos e as coxilhas (SOUZA, 2000).Segundo Souza (2000), a integração do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul com os <strong>de</strong>mais estados doBrasil se originou <strong>de</strong> duas frentes: o início <strong>da</strong> ocupação ocorreu em fins do século XVI, pelosjesuítas provenientes do Paraguai, através dos al<strong>de</strong>amentos dos missionários, on<strong>de</strong> havia aprática <strong>de</strong> catequese e ensinamentos <strong>de</strong> procedimentos laborais aos índios. Houve a travessiado Rio Uruguai e <strong>de</strong>sci<strong>da</strong> pelos afluentes - rios Ibicuí, Ijuí e Piratini; o gado trazido pelosjesuítas - bovinos, equinos e muares - se <strong>de</strong>senvolveu na região <strong>de</strong>vido às suas características.Houve, também, no início do século XVII, a chega<strong>da</strong> <strong>de</strong> paulistas à região, que jáencontraram os índios que viviam nas missões, treinados para o trabalho e conhecedores <strong>de</strong>técnicas agrícolas e artesanais. Surgiu <strong>da</strong>í a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> torná-los escravos qualificados para aslavouras <strong>de</strong> açúcar. Em <strong>de</strong>corrência, houve o ataque e <strong>de</strong>struição <strong>da</strong>s missões jesuíticas eextração <strong>de</strong> parte <strong>da</strong> população. No final <strong>de</strong>sse século, os jesuítas retornaram e fun<strong>da</strong>ramnovos povoados, que a posteri, foram <strong>de</strong>nominados <strong>de</strong> Sete Povos <strong>da</strong>s Missões (SOUZA,2000).30 Segundo Rocha e Padilha (2004), a agricultura familiar reporta-se ao mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> agricultura voltado aosprodutores rurais que exploram a terra na condição <strong>de</strong> proprietário, posseiro, arren<strong>da</strong>tário, parceiro ou ocupante,aten<strong>de</strong>ndo simultaneamente aos seguintes requisitos: a) que o trabalho seja direto e pessoal do produtor e <strong>de</strong> suafamília, sem concurso do emprego permanente, sendo permiti<strong>da</strong> a aju<strong>da</strong> <strong>de</strong> terceiros, quando a natureza sazonal<strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> agrícola a exigir; b) que não tenha, a qualquer título, área superior a quatro módulos fiscais,quantificados na legislação em vigor. No caso <strong>de</strong> produtor familiar, cuja proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> não atingir um módulofiscal, a exigência <strong>de</strong> ren<strong>da</strong> originária <strong>da</strong> exploração será 40%, no mínimo; c) que 80% <strong>da</strong> ren<strong>da</strong> familiar doprodutor seja originária <strong>da</strong> exploração agropecuária, ou extrativa, ou <strong>de</strong> ambas; d) que o produtor resi<strong>da</strong> naproprie<strong>da</strong><strong>de</strong> ou em aglomerado rural ou urbano próximo.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!