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Eliete Pereira - LEPTEN - Universidade Federal de Santa Catarina

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1 INTRODUÇÃO 2Tabela 1.1 – Exemplo <strong>de</strong> temperatura dos componentes <strong>de</strong> um satélite.EquipamentoTemperaturasComponentes eletrônicos -20 a +60 °CGerador solar -130 a +80 °CBateria 0 a +30 °CTanques <strong>de</strong> hidrazina 10 a +40 °COutros trabalhos foram <strong>de</strong>senvolvidos pelo Labtucal/Lepten, relativos à transferência<strong>de</strong> calor em ambiente <strong>de</strong> vácuo, <strong>de</strong> superfícies em contato e em juntas aparafusadas, comoMantelli e Gonçalves (1999), Gonçalves (2000), Milanez (2003), Milanez et al. (2002).O fluxo <strong>de</strong> calor através <strong>de</strong> juntas aparafusadas encontra constrições ao longo <strong>de</strong>seu caminho. A mais importante <strong>de</strong>stas é a resistência térmica <strong>de</strong> contatos. Como assuperfícies não são perfeitas, quando estão em contato, elas se tocam em apenas algunspontos. As imperfeições superficiais são divididas em rugosida<strong>de</strong>s e ondulações. Arugosida<strong>de</strong> é a <strong>de</strong> menor escala, sendo gerada pela forma da ferramenta, dos parâmetros<strong>de</strong> usinagem, do tipo <strong>de</strong> mol<strong>de</strong> <strong>de</strong> fundição, <strong>de</strong>ntre outros. Já a ondulação é umaimperfeição <strong>de</strong> maior escala, ocasionada por empenamentos resultantes <strong>de</strong> tratamentotérmicos, por vibrações e por folgas nas máquinas utilizadas na fabricação.Como já observado, quando duas superfícies são colocadas em contato, elas setocam efetivamente em pontos discretos. À medida que os corpos são pressionados umcontra o outro, as rugosida<strong>de</strong>s irão se <strong>de</strong>formar originando microregiões por on<strong>de</strong> o calorpo<strong>de</strong> fluir <strong>de</strong> um corpo para o outro por condução. O calor então vai convergir para amicroregião on<strong>de</strong> ocorrem os pontos <strong>de</strong> contato. Isso gera uma resistência ao fluxo <strong>de</strong> calor,conhecida como microconstrição. Em contrapartida, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo da força aplicada na juntaaparafusa, as superfícies po<strong>de</strong>m se empenar fazendo surgir uma região on<strong>de</strong> asmicroregiões estão concentradas, originando a chamada macroregião <strong>de</strong> pontos <strong>de</strong> contato,o que origina a chamada resistência <strong>de</strong> macroconstrição. Desta forma, o calorprimeiramente se concentra na macroregião para <strong>de</strong>pois estabelecer microcontatos.Se a pressão <strong>de</strong> contato entre as superfícies é uniforme ao longo da interface <strong>de</strong>uma junta aparafusada ou rebitada, a condutância térmica <strong>de</strong> contato po<strong>de</strong> ser calculadausando resultados teóricos ou correlações atualmente disponíveis na literatura. Entretanto,vários estudos a respeito da distribuição <strong>de</strong> pressão em juntas aparafusadas mostram queesta não é uniforme, ou seja, a pressão <strong>de</strong> contato é maior próxima à região do parafuso ediminui à medida que se distancia da borda do parafuso, chegando mesmo ao valor zero.Por este motivo, alguns <strong>de</strong>stes trabalhos <strong>de</strong>terminam o raio <strong>de</strong> contato entre as superfícies,<strong>de</strong>finido como o raio a partir do qual a pressão assume o valor zero.

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