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Eliete Pereira - LEPTEN - Universidade Federal de Santa Catarina

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6 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES 81Yovanovich que consi<strong>de</strong>ra <strong>de</strong>formação plástica. Acredita-se que esta melhor comparaçãocom o mo<strong>de</strong>lo elástico seja porque as chapas apertadas entre si por um parafuso,apresentam gran<strong>de</strong> macro <strong>de</strong>formação elástica, responsável pela concentração <strong>de</strong> pressãona região próxima ao parafuso. Obviamente na região on<strong>de</strong> a pressão <strong>de</strong> contato atingevalores altos, espera-se que ocorra a <strong>de</strong>formação plástica dos picos das asperezas, maseste micro efeito, em termos <strong>de</strong> trocas térmicas e distribuição <strong>de</strong> temperaturas, é beminferior ao observado nas macro<strong>de</strong>formações superficiais.Além disto, po<strong>de</strong>-se citar que correlação <strong>de</strong> Yovanovich (1982) <strong>de</strong>screve bem dadosexperimentais <strong>de</strong> superfícies em contato para a faixa <strong>de</strong> variação do parâmetro σ/m entre8,2 a 12,4 µm se as interfaces forem consi<strong>de</strong>radas lisas e 38,3 a 59,8 µm se forem rugosas.Pela medição feita por Gonçalves às placas <strong>de</strong> alumino possui σ/m=2,3 µm e para as placas<strong>de</strong> aço inoxidável 3,1 µm, estando então fora da faixa <strong>de</strong> variação <strong>de</strong>ste parâmetroapresentado por Yovanovich. Marotta e Fletcher (1998) ao estudar a condutância térmica <strong>de</strong>contatos entre superfícies <strong>de</strong> alumínio e aço inoxidável, planas sujeitas a pressõesuniformes, verificaram que os mo<strong>de</strong>los elásticos previam melhor os dados experimentais doque mo<strong>de</strong>los plásticos (especialmente a correlação <strong>de</strong> Yovanovich). O parâmetro σ/m dassuperfícies utilizadas por ele estão em uma faixa <strong>de</strong> 3,01 a 4,33µm, para superfícieslapidadas e 6,71µm para superfícies mecanicamente polidas. Os valores <strong>de</strong> σ/m utilizadospor eles também esta fora da faixa consi<strong>de</strong>rado por Yovanovich.Finalmente, acredita-se que outro fator que contribuiu para as gran<strong>de</strong>s diferençasentre os mo<strong>de</strong>los teóricos e os dados medidos <strong>de</strong> condutância <strong>de</strong> contato é o <strong>de</strong>svio <strong>de</strong>planicida<strong>de</strong> das superfícies <strong>de</strong> contato. Este parâmetro é <strong>de</strong> difícil medição, mas, noentanto, segundo Milanez (2003), é <strong>de</strong> extrema importância, especialmente quando ele formaior que a rugosida<strong>de</strong> da superfície. Neste trabalho a rugosida<strong>de</strong> é menor que 0,4 µm.Conforme é reportado por Milanez, é extremamente difícil se conseguir superfícies com<strong>de</strong>svios <strong>de</strong> planicida<strong>de</strong> menores que 1 µm empregando os métodos tradicionais <strong>de</strong>lapidação. Portanto, acredita-se que a amplitu<strong>de</strong> dos <strong>de</strong>svios <strong>de</strong> planicida<strong>de</strong> (ondulação)sejam maiores que as próprias rugosida<strong>de</strong>s. Os mo<strong>de</strong>los teóricos empregados aqui admitemque as superfícies são nominalmente planas, conforme mencionado na revisão bibliográfica.Desta forma, é <strong>de</strong> se esperar que os dados experimentais não concor<strong>de</strong>m com os mo<strong>de</strong>los.Este trabalho apresenta uma série <strong>de</strong> contribuições para o estado da arte tanto na<strong>de</strong>terminação da distribuição <strong>de</strong> pressão em superfícies em contato sob o efeito <strong>de</strong>parafusos quanto na distribuição da condutância térmica <strong>de</strong> contatos.A sugestão <strong>de</strong> um modo <strong>de</strong> correção da distribuição <strong>de</strong> pressão para dadosexperimentais obtidos através do filme sensitivo a pressão da Fuji®, a partir <strong>de</strong> dados,obtido com células <strong>de</strong> carga, po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rada uma contribuição do presente trabalho.

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