mais do que a simples aparência. A produção significa pintar, cantar, confeccionar fantoches,dançar, enfim, “fazer”. Produzindo trabalhos artísticos e conhecendo a produção de outrasculturas, a criança poderá compreender a diversidade de valores que orientam os diferentesmodos de pensar e agir. Por meio de trabalhos contínuos de exploração de materiais, técnicas,imagens, etc., as crianças podem ser mais capazes de perceber e entender a arte.Dessa forma, a “decoração” da sala, ambiente no qual a criança passa muito tempo do seudia, precisa ter um significado real para a turma. Deve ser um local onde as crianças possamse expressar como grupo e mostrar suas produções e conquistas, reforçando, assim, sua autoestima.Nesse sentido, é importante a exposição das produções das crianças não apenas nasala delas, mas em outros espaços da instituição. Cabe ressaltar que essa exposição necessitaser planejada e inserida em um contexto de trabalho. Em algumas situações, a decoração ouexposição de trabalhos poderá ser feita em conjunto pelo professor e pelos alunos, desde queestes participem e acompanhem o trabalho.O professor perceberá que pode trabalhar separada ou integradamente as Artes Visuaiscom as diferentes linguagens artísticas (a Música, o Teatro e a Dança; estes dois últimos consideradosno eixo Movimento). Afinal, todos os eixos se integram, sejam os relativos ao âmbitoConhecimento de Mundo ou ao âmbito Formação Pessoal e Social.Lembrando que, nessa etapa da escolaridade, a criança pode estar fazendo os primeiroscontatos com as Artes, deve-se valorizar seu trabalho, ressaltando sempre os seus avanços,tanto durante o desenvolvimento das atividades como nos seus registros finais. Não podem serestabelecidos critérios de julgamento a respeito da produção da criança. Não existe bonito oufeio. O que existe é a percepção de como cada criança está usando os conteúdos que aprendeuna sua produção e apreciação artística.Com base nessas orientações e a fim de desenvolver outras possibilidades de trabalho comesse eixo, o professor pode consultar o material “Artes – livro do professor”, desenvolvido peloSPE especialmente para enriquecer o seu trabalho. O referido material propõe um trabalho quesistematiza algumas ideias sobre o saber e fazer estético e artístico com os alunos.Além dessa sugestão, indicamos os livros da listagem a seguir, visando a auxiliar tanto na formaçãocontinuada do professor como na ampliação de possibilidades de trabalho com esse eixo:DERDIK, Edith. Formas de pensar o desenho. São Paulo: Scipione, 2004.______. O desenho da figura humana. São Paulo: Scipione, 1990.FERREIRA, Sueli (Org.). O ensino das Artes: construindo caminhos. Campinas: Papirus, 2001.GREIG, Philippe. A criança e seu desenho: o nascimento da arte e da escrita. Porto Alegre:Artmed, 2004.IAVELBERG, Rosa. O desenho cultivado da criança: prática e formação de educadores. PortoAlegre: Zouk, 2006.MARTINS, Mirian Celeste; PICOSQUE, Gisa; GUERRA, Maria Terezinha. Didática do ensino dearte: a língua do mundo – poetizar, fruir e conhecer arte. São Paulo: FTD, 1998.MÈREDIEU, Florence de. O desenho infantil. São Paulo: Cultrix, 1974.MOREIRA, Ana Angélica Albano. O espaço do desenho: a educação do educador. São Paulo:Loyola, 1993.PERONDI, Dario; TRONCA, Dinorah S.; TRONCA, Flávia Z. Processo de alfabetização e desenvolvimentodo grafismo infantil. Caxias do Sul: EDUCS, 2001.28Ensino Fundamental • 1º. ano • 1º. volume
PILLAR, Analice Dutra. Desenho e construção de conhecimento na criança. PortoAlegre: Artmed, 1996.SILVA, Silvia Cintra da. A constituição social do desenho da criança. Campinas:Mercado de Letras, 2002.NATUREZA E SOCIEDADEEsse eixo trata da interação da criança com o meio natural e social, respeitandodiferenças, especificidades, abordagens e enfoques do campo das CiênciasHumanas e Naturais.O trabalho com esse eixo deve propiciar experiências que possibilitem umaaproximação ao conhecimento das diversas formas de representação e explicaçãodo mundo social e natural, para que as crianças possam estabelecer, progressivamente,a diferenciação entre as explicações do senso comum e do conhecimentocientífico.Sendo assim, a proposta do MDP oportuniza às crianças que ampliem suas experiências,favorecendo a construção do conhecimento sobre o mundo social e natural. Énecessário que o professor intervenha na intenção de que as crianças formulem perguntas,confrontem ideias, busquem soluções para que, posterior e gradativamente, possamcompará-las com aquelas que as Ciências propõem e, ainda, possam explorar e estabelecerrelações com o ambiente e as diferentes formas de vida.O material apresenta atividades variadas a respeito dos conhecimentos sociais e naturais,buscando não reproduzir preconceitos e, mais ainda, buscando desconstruir alguns estereótiposculturais.Para desenvolver um bom trabalho nessa área, o professor deve compreender os seguintesaspectos:• As crianças, desde o nascimento, iniciam o processo de reconhecimento, de exame doseu entorno. Inicialmente, elas conseguem informações a partir das suas percepçõese sensações; logo em seguida, descobrem relações entre os eventos deste mundo queestão conhecendo e desenvolvem conceitos sobre ele. Mais do que uma característicanatural do desenvolvimento humano, essas transformações estão relacionadas à aculturaçãoe inserção social, próprias do ser humano.• O processo de aprendizado sobre Natureza e Sociedade pode ser visto como umaponte entre a exploração e interpretação pessoal do mundo e a compreensão dos conceitoscientíficos, possibilitando que adultos e crianças ampliem seus entendimentos edesafiem suas formas de ver o mundo.• Aprender sobre Natureza e Sociedade requer uma investigação ativa por parte dascrianças. Isso implica o professor não ocupar muito tempo falando para as crianças,mas, sim, criar oportunidades para que elas façam suas próprias descobertas. É fundamentalque um clima de investigação esteja presente na sala de aula. As criançasprecisam se sentir à vontade com o desconhecido, o que significa que elas devem teroportunidade de perguntar sobre o que veem e de aprender como achar as respostas.• É possível e necessário ampliar as capacidades de observação das crianças. Para isso,pode-se fazer uso de alguns instrumentos simples, como lentes de aumento, copocom água, estetoscópio, ímãs, gravadores, recipientes diferentes no tamanho e nomaterial.29
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