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LIVRO DO PROFESSOR - Portal Educacional

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Mais do que codificar (escrever) e decodificar (ler) palavras, a criança precisa apropriar-seda linguagem escrita. Nesse processo, as crianças precisam resolver problemas de naturezalógica até chegarem a compreender de que maneira a escrita alfabética, em sua língua materna,representa a linguagem. E, assim, poderão exercer práticas sociais de leitura e de escritapor si mesmas.O trabalho com esse eixo pressupõe um enfoque textual da língua. Ou seja, tem como pressupostoo fato de que significado e coerência só podem ser encontrados em um texto completo,contextualizado. Assim, é imprescindível que as crianças no 1 ọ ano do Ensino Fundamentalsejam confrontadas com textos completos, que circulam em portadores sociais autênticos e emsituações reais de uso.É bastante provável que as crianças de seis anos de idade, no momento de ingresso noEnsino Fundamental, já se mostrem capazes de fazer interpretações de textos. Isso é possívelporque alguns textos vêm acompanhados de imagens ou de indicadores textuais que auxiliama criança a realizar a leitura, ainda que não sejam capazes de decodificar completamente, poisconhecem apenas algumas letras ou os símbolos de determinado produto ou marca, como alogomarca de produtos de uso cotidiano. A consideração essencial, aqui, diz respeito ao fatode que as crianças podem ler e aprender a ler, mesmo antes de ler as letras, pois ler é compreendersignificados presentes em um texto e compreender é um ato mental.“Não podemos compreender, se não lemos de forma ativa: antecipando interpretações, reconhecendosignificados, identificando dúvidas, erros e incompreensões no processo de leitura.Conseguir esta atividade mental do aluno que lê é imprescindível.” 19A abordagem na qual se baseiam as proposições relativas ao eixo Linguagem Oral e Escritaconsidera que o aluno “brinca” de ler e escrever, aprende a ler e a escrever e, por último, passaa se ocupar das questões ortográficas da linguagem escrita. Aprende-se a ler, lendo e aprende--se escrever, escrevendo. Segundo Cagliari, “essa prática permite que o aluno passe da habilidadeque tem como falante nativo, de produzir textos orais, para a habilidade de produzirtextos escritos” 20 .É importante que, na sistematização do trabalho com a linguagem escrita, o professor ofereçasituações nas quais a criança tenha contato com a leitura de diferentes textos. O trabalhocom o texto proporciona a observação e a análise, consciente e gradativa, das característicasformais da linguagem. Por meio dessa leitura, as crianças elaboram uma série de ideias e hipótesesprovisórias, antes de compreenderem o sistema escrito em toda a sua complexidade.Desse modo, elas têm a oportunidade de aprender a produzir textos, mesmo antes de sabergrafá-los da maneira convencional, como na situação em que participam de registros em que oprofessor atua como escriba das ideias da turma ou de cada aluno individualmente.A construção do conhecimento sobre a escrita se dá também pelo jogo do faz de conta. Aobrincar de ler e escrever, a escrita vai ganhando sentido para a criança. Situações de brincar deler com ela e ela própria brincar de desenhar e escrever são fundamentais para o sucesso coma escrita, pois são nessas situações que essa atividade passa a ganhar sentido.A base do trabalho com a linguagem oral e escrita é o texto, seja ele oral ou escrito. É desuma importância que, desde o início do processo de educação formal, o professor ofereçacondições para que a criança conviva com diferentes portadores (livros, jornais, revistas,gibis, folhetos, bulas, etc.) e diferentes tipos e gêneros textuais (contos, poesias, parlendas,19CURTO, Luís Maruny et al. Escrever e ler: como as crianças aprendem e como o professor pode ensiná-las a escrevere ler. Porto Alegre: Artmed, 2000. v. 1. p. 47.20CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização sem o bá-bé-bi-bó-bu. São Paulo: Scipione, 1998. p. 60.42Ensino Fundamental • 1º. ano • 1º. volume

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