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texto - Unisul

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30As ações com a linguagem visam a clarear, o quanto possível, o tipo de ato que seestá praticando, isto porque diferentes atos respondem a diferentes condições e produzemdiferentes compromissos entre os interlocutores. As ações sobre a linguagem,ainda que tenham presente o interlocutor, tornam como seu objeto os próprios recursoslingüísticos e obviamente também visam ao interlocutor e à produção de sentidos.O campo privilegiado, mas não único, das ações sobre a linguagem, são os recursosexpressivos para os quais a atenção do outro é chamada. A ação sobre a linguagemenquanto trabalho individual na produção de recursos determinados ou emdiscursos correntes dentro de um determinado grupo de pessoas, opera entre o estabilizadohistoricamente e o novo deste discurso. Na linha da linguagem é o lugar daprodução de uma certa “novidade”. Esta novidade poderá apagar-se no discurso emcurso, no grupo, ou poderá espalhar-se de modo tal que o novo se torna o estabilizadoem discursos subseqüentes. (GERALDI, 1997, p. 42-43).Isto posto, verifica-se que há um cruzamento entre as ações, isto é, a ação com alinguagem produz determinações mais localizadas no discurso que se está produzindo; e asações sobre a linguagem podem operar uma transformação que se torne hegemônica nummomento histórico posterior, por exemplo, para um grupo de falantes.Neste con<strong>texto</strong>, sobressai a visão de Freire (1975) que propõe uma constante reformulaçãoe desenvolvimento no ensino, a qual nos conduz a uma reflexão quanto aos processospolíticos das classes populares. O autor ressalta, ao desenvolver a idéia de liberdade,que a educação deve ser voltada para o humanismo, tornando os alunos críticos e livres. Condenaa visão da escola autoritária e tradicionalista, enfatizando sempre que o professor exerceuma das funções mais importantes no processo educativo, através da oportunidade de dialogarcom os próprios alunos. Para este autor, todo aprendizado deve encontrar-se intimamente ligadoa situações reais, para que os alunos consigam fazer comparações entre a sua vida e umarealidade maior, sentindo-se motivados para novas aprendizagens.Freire critica também o ensino tradicional que, por ter uma visão limitada do processode desenvolvimento do homem, transforma o educando num ser passivo. Para o autor,somente com liberdade de expressão é que educando e educador tornar-se-ão homens concretos,solidários, libertos. Desse modo torna-se importante discutir a dialogicidade no ensino navisão de Freire, quando afirma que:

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