36as finalidades do ensino da língua devem visar a um saber lingüístico amplo, tendo a comunicaçãocomo base das ações. Comunicação é entendida como “[...] um processo de construçãode significados em que o sujeito interage socialmente, usando a língua como instrumento queo define como pessoa entre pessoas. A língua compreendida como linguagem que constrói e‘desconstrói’ significados sociais” (p. 138).Aqui,faz-se necessário a definição de língua e linguagem conforme Maia,2000,p19:Linguagem é a faculdade que todos os homens têm de se comunicar através dos signosde uma língua,e uma linguagem é um sistema de signos(orais,escritos,gestuais,visuais)quepossibilitam a comunicação.A linguagem não é uma faculdade específica do homem.Sabe-se que as abelhas comunicamao enxame o local de onde se encontra o néctar através de uma dança.Tambémos golfinhos modulam sons para se comunicar entre si a aflição,a alegriaou o apelo à ajuda.Os homens são os únicos seres dotados de linguagem verbal:as línguas,que variamde acordo com as nacionalidades.Língua é um conjunto de signos e de regras de combinação desses signos,que constituema linguagem oral ou escrita de uma coletividadeNeste sentido, entende-se que a língua, dialógica por princípio, situa-se no interiordas relações humanas e não pode ser visualizada separada do con<strong>texto</strong> social vivido pelo aluno.“Na gênese da linguagem verbal estão presentes o homem, seus sistemas simbólicos ecomunicativos, em um mundo sócio-cultural” (p.139). Assim, o estudo da língua deve sertratado comoobjeto de conhecimento em diálogo, já que o aluno domina, em diferentes graus, seuuso social. [...] O estudo da língua materna deve, pela interação verbal, permitir odesenvolvimento das capacidades cognitivas dos alunos. Apenas considerando-a
37como linguagem, ação em interação, podemos atender a comunicabilidade esperadados alunos (p. 138-139).Nesta perspectiva, o processo de ensino/aprendizagem de língua portuguesa devebasear-se em propostas interativas consideradas em um processo discursivo de construção dopensamento simbólico constitutivo de cada aluno em particular e da sociedade em geral.Os Parâmetros Curriculares Nacionais manifestam-se categóricos na questão danecessidade da dialogia no ensino/aprendizagem da língua.Não enxergamos outra saída, senão o diálogo, para que o aluno aprenda a confrontar,defender, explicar suas idéias de forma organizada, em diferentes esferas de práticada palavra pública, compreendendo e refletindo sobre as marcas de atualizaçãoda linguagem (1999, p. 143).A comunicação, entendida como um processo de construção de significados, sófunciona se houver a construção de significados em que o sujeito, interagindo, estará usando alíngua como instrumento que o define como pessoa. É nesse sentido que se entende a funçãoda linguagem, construindo e desconstruindo significados sociais mesmo porque, sendo eladialógica, não há como ser de outra forma, principalmente em situação escolar. Visto o processodesta forma, entende-se que as aulas de Língua Portuguesa devem basear-se em propostasinterativas, ou seja, língua x linguagem, num processo discursivo de construção do pensamento,considerando-se que a unidade básica da linguagem verbal é o <strong>texto</strong>, o qual marca odiálogo entre os interlocutores.O espaço da língua portuguesa na escola é garantir o uso ético e estético da linguagemverbal; fazer compreender que pela e na linguagem é possível trasformar/reiteirar osocial, o cultural, o pessoal; aceitar a complexidade humana,o respeito pelas falas,como partedas vozes possíveis e necessárias para o desenvolvimento humano, mesmo que, no jogo comunicativo,haja avanços/retrocessos próprios dos usos da linguagem; enfim, fazer o aluno secompreender como um <strong>texto</strong> em diálogo constante com outros <strong>texto</strong>s. (PCNs, 1999, p.144).
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