72tatar como ela é desrespeitada. Procure, em conjunto com a classe, destacar os direitosque mais são negados (p. 21).Assim, percebe-se que a tarefa é dirigida ao aluno, em relação a procurar sabermais sobre a Declaração, mas o autor destina ao professor a responsabilidade de providenciaro material. Constata-se então a dependência do docente para a viabilidade de desenvolvimentoda atividade.Em “Modos de usar”, o autor assim se dirige ao professor a respeito da seção daunidade intitulada “Horizontes do Texto”.A literatura é reflexo do homem e da sociedade. Neste tópico, um tema é propostopara discussão. As propostas dos debates estão relacionadas à realidade e questionamentosdos jovens em fase de formação e transformação. Levantam-se questõesque muitas vezes os pais não podem responder sem o auxílio da Escola e dos Professores,os quais - mais do que transmissores de informações e conteúdos programáticos- são agentes educadores e formadores de opinião.É a parte mais viva e estimulante da aula. O momento em que a aula esquenta! Ostemas debatidos podem servir de pre<strong>texto</strong> para uma redação ou trabalho de pesquisa.Nesta fase, pode-se convidar algum membro da comunidade para que transmita asua experiência (p. 4).Conforme se observa, nesta seção, o aluno é estimulado a pesquisar, problematizare discutir suas idéias. Além disso, o autor propõe a transposição da realidade estudada naprimeira questão do item “Margens do Texto” para a realidade do aluno, tendo-se aqui, portanto,um momento rico em diálogo e interação do autor com o aluno, incluindo questões vitaisou existenciais da realidade atual e que podem conduzir a processos interativos através daproblematização.Este tipo de atividade vem ao encontro do entendimento de Larrosa (1998, p. 176)de que ao ler a lição não se buscam perguntas possíveis a serem respondidas no <strong>texto</strong>, pois aleitura “não responde à questão, mas a reabre, a repõe e a re-ativa, na medida em que nos pedeuma correspondência”. De acordo com Geraldi (2002, p. 19), “entende-se que o sujeito seconstitui como tal à medida que interage com os outros”, e Voese (1977) pontua que o indiví-
73duo deve ser considerado como um ser dialógico e solidário, pois que a atividade vital e adiscursiva atuam paralelamente e são inseparáveis, visto que a reprodução e a transformaçãoda generalidade humana se dá através dos processos interativos. Para Freire (1975), a possibilidadede fazer opções através do desenvolvimento da consciência propicia ao indivíduo autilização das motivações essenciais ou vitais que o levam a agir e a compreender a relaçãodessa consciência com o mundo, através da troca de conhecimentos.Nas orientações contidas em “Modos de usar”, o autor sugere o convite a algummembro da comunidade para que participe com os alunos da discussão e transmita sua experiêncianesta área. Assim, verifica-se que o livro apresenta uma abertura para o diálogo com acomunidade/ mundo, numa proposta de interação e troca de experiências.De acordo com a Proposta Curricular de Santa Catarina (1998, p. 69), “a sala deaula é só um espaço específico, apropriado para algumas tarefas [...] que se desenrolarão ocupandoespaços cada vez mais amplos (imersão na sociedade).Observa-se também a necessidade de recursos tecnológicos para a viabilização dodesenvolvimento da atividade proposta, pois ela pressupõe conhecimentos mais específicossobre o assunto. O autor supõe que o aluno tenha acesso à Internet. No caso de não haver esserecurso na escola, ou até na própria comunidade dos alunos, caberá ao professor pesquisar efornecer as informações. “Levantam-se questões que muitas vezes os pais não podem respondersem o auxílio da Escola e dos Professores” (MAIA, 2000, p. 4). Assim, constata-se a dependênciado domínio do conhecimento sobre o assunto à tecnologia e à atuação do professor.
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SUMÁRIOINTRODUÇÃO ..............
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Este trabalho foi digitado conforme