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criança e consumo

Crianca-e-Consumo_10-anos-de-transformacao

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RECONFIGURAÇÕES DAS<br />

CULTURAS INFANTIS SOB A<br />

ÉGIDE DO CONSUMO E DA<br />

CONVERGÊNCIA MIDIÁTICA<br />

por INÊS VITORINO SAMPAIO<br />

INÊS VITORINO SAMPAIO é doutora em ciências sociais pela Unicamp e<br />

professora associada do programa de pós-graduação em comunicação,<br />

vinculado ao Instituto de Cultura e Arte da UFC. Coordena o grupo de<br />

pesquisa da relação infância, juventude e mídia também na UFC e, desde<br />

2005, integra a coordenação do projeto de extensão TVez: educação para<br />

o uso crítico da mídia.<br />

A CULTURA DE PARES E SUA CENTRALIDADE NA CONSTRUÇÃO DA INFÂNCIA<br />

O entendimento de que a infância configura-se como artefato socialmente<br />

construído é uma das contribuições fundamentais dos estudos<br />

históricos de Ariès (1981) e Heywood (2004), entre outros. A sociologia<br />

da infância tem fortalecido esse campo de investigação ao explorar<br />

essa proposição, buscando desvendar a constituição e a dinâmica das<br />

culturas infantis na modernidade, além da condição ativa de <strong>criança</strong>s e<br />

adolescentes na construção da cultura (Corsaro; Eder, 1990; Sarmento,<br />

2004; Pasquier, 2008).<br />

Destacam-se como fatores que contribuíram para a constituição da<br />

infância como constructo social na modernidade a institucionalização<br />

da escola e da família como espaços voltados à proteção e à preparação<br />

para a vida adulta (Ariès, 1981); a imprensa como fator de promoção e<br />

intensificação da segregação dos mundos infantil e adulto (Postman,<br />

1999; Meyrowitz, 1985); e a produção de campos disciplinares e saberes<br />

periciais especializados na infância (Sarmento, 2001).<br />

O dinamismo, como postula Giddens (1992), é característica central da<br />

modernidade e contribui para que a própria noção de infância se redefina.<br />

CULTURA • 215

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