criança e consumo
Crianca-e-Consumo_10-anos-de-transformacao
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uma conversa<br />
DA INSPIRAÇÃO A AÇÃO:<br />
POR UM MUNDO MELHOR<br />
com ANA LUCIA VILLELA e MARCOS NISTI<br />
por JULIA MAGALHÃES<br />
ANA LUCIA VILLELA é educadora, presidente e cofundadora do Instituto<br />
Alana. É também a idealizadora do projeto Criança e Consumo.<br />
MARCOS NISTI é vice-presidente e CEO do Instituto Alana. Participou da<br />
criação do projeto Criança e Consumo.<br />
Algo perturba a dinâmica contemporânea e coloca em risco a qualidade<br />
de vida das <strong>criança</strong>s. Quando Ana Lucia Villela, fundadora do Instituto<br />
Alana, começou a lecionar em escolas públicas e privadas de São<br />
Paulo, os alunos tinham ao menos duas características típicas: o padrão<br />
de comportamento e um desejo incessante de consumir.<br />
“Observei que todo mundo falava igual, se vestia igual, queria as<br />
mesmas coisas. Quem é professor não tem como não ver. Se você possui<br />
o mínimo de sensibilidade, percebe o quanto é agressivo.” O problema<br />
em questão era o assédio do marketing voltado ao público infantil.<br />
Naquela época, final da década de 1990 e início dos anos 2000, a televisão<br />
ainda era o principal canal do mercado publicitário, com forte influência<br />
sobre o público infantojuvenil. Basta dizer que, em 2004, o tempo médio<br />
de exposição das <strong>criança</strong>s à telinha era de quase cinco horas por dia, mais<br />
que a carga horária escolar (Painel Nacional de Televisão, do Ibope Media).<br />
Desde então, a exposição das <strong>criança</strong>s à televisão e a outras mídias só<br />
aumentou, mas houve uma diversificação da comunicação mercadológica.<br />
Atualmente, as ações de marketing continuam na televisão e também<br />
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