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criança e consumo

Crianca-e-Consumo_10-anos-de-transformacao

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Em nosso primeiro fórum, Susan Linn fez uma de suas ótimas falas<br />

sobre a vulnerabilidade infantil e os abusos do marketing. E para melhor<br />

ilustrar o problema, sacou, de sob o balcão, seu boneco ventríloquo<br />

– o Audrey Duck, entabulando com ele uma conversa divertida e muito<br />

representativa da credulidade infantil. Já não me lembro exatamente das<br />

palavras do boneco, mas me lembro do quanto aquele recurso me ajudou<br />

a entender muito profundamente o tamanho e a delicadeza da causa que<br />

defendíamos. (Maria Helena Masquetti)<br />

••<br />

No mesmo ano, o Instituto Alana lança a edição brasileira do livro<br />

Crianças do Consumo: A infância roubada, de Susan Linn. “Informação<br />

é o primeiro passo para começar a lutar por uma mudança de valores<br />

na nossa sociedade”, defende Ana Lucia Villela.<br />

••<br />

O Instituto Alana instala o escritório do projeto Criança e Consumo no<br />

2007<br />

coração de um importante centro econômico de São Paulo, nos arredores<br />

da avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini. Na pequena sala comercial,<br />

com espaço para reunião e não mais que dez estações de trabalho, uma<br />

equipe permanente e dedicada somente ao projeto começa a ganhar<br />

forma, sob a coordenação da advogada Isabella Henriques, cuja dissertação<br />

de mestrado havia abordado justamente a abusividade do direcionamento<br />

da publicidade ao público com menos de doze anos de idade.<br />

••<br />

A equipe convida pesquisadores e intelectuais para compor o Conselho<br />

Consultivo. O grupo é constituído para subsidiar a atuação do<br />

Criança e Consumo e promover uma interlocução mais próxima com<br />

especialistas e acadêmicos que atuam na relação entre publicidade,<br />

<strong>consumo</strong> e infância.<br />

••<br />

Em 12 de outubro, Dia das Crianças, o jornal Folha de S.Paulo publica<br />

o primeiro artigo assinado pelo projeto, de autoria da psicóloga Lais<br />

Fontenelle.<br />

“<br />

O Criança e Consumo deu espaço<br />

e voz ao meu ativismo na proteção<br />

da infância e à discussão sobre os<br />

impactos da sociedade de <strong>consumo</strong> na<br />

formação subjetiva das <strong>criança</strong>s - que<br />

vinha tendo na academia. O trabalho,<br />

também, me possibilitou entender o<br />

poder da comunicação e como usá-la<br />

na sensibilização a um tema.”<br />

Lais Fontenelle, psicóloga e consultora do<br />

projeto Criança e Consumo desde 2007<br />

“<br />

Eu trabalhava em agência e estava<br />

incomodado desde a faculdade.<br />

Eles ensinam você a criar um<br />

desejo, é pura venda. E você não<br />

escolhe o cliente. Fiquei sabendo<br />

de uma vaga e vim conversar.<br />

O emprego era a resposta para o<br />

incômodo que eu estava sentindo.”<br />

Kleverson Gonçalves, web designer do Instituto<br />

Alana desde 2007<br />

44 • CRIANÇA E CONSUMO – 10 ANOS DE TRANSFORMAÇÃO MEMÓRIA• 45

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