O Lavrador das Lavras Vazias
Livro de poesias escrito em 2006 na cidade mineira de Lavras, retratando as dificuldades intrínsecas a uma nova realidade do serviço público na polícia. A solidão espiritual e a certeza de que muitas vezes na vida o ouro que se procura vem manchado de sangue e sofrimento. Às vezes uma oportunidade não é mais que uma desilusão.
Livro de poesias escrito em 2006 na cidade mineira de Lavras, retratando as dificuldades intrínsecas a uma nova realidade do serviço público na polícia. A solidão espiritual e a certeza de que muitas vezes na vida o ouro que se procura vem manchado de sangue e sofrimento. Às vezes uma oportunidade não é mais que uma desilusão.
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Sentinela<br />
É noite<br />
As bandeiras já foram arria<strong>das</strong><br />
A poeira anuncia que a ordem unida<br />
Cessou a poucos instantes<br />
Silêncio<br />
O gramado recebe a luz do luar e a geada<br />
A voz de ordem ainda ecoa no ar...e some<br />
A Calmaria é impressionante<br />
Não se ouve um grilo sequer<br />
Sinto-me como se estivesse<br />
Sendo observado por milhões de olhares<br />
Mas não há ninguém<br />
Só a noite<br />
E o silêncio<br />
E eu<br />
Os pavilhões contam<br />
A história desse lugar<br />
Basta olhar para eles por alguns segundos<br />
As luzes acesas na estátua<br />
Tem a cor <strong>das</strong> pessoas e o suor<br />
A ações em prol da vida<br />
O trabalho<br />
Tudo<br />
Os cães rompem o silêncio<br />
Por alguns instantes e param<br />
O canil dorme como se estivesse sob efeito de sonífero<br />
Pareço estar só<br />
Mas tenho um bastão e uma lanterna<br />
E a noite<br />
E o silêncio<br />
29/01/2006<br />
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