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O Lavrador das Lavras Vazias

Livro de poesias escrito em 2006 na cidade mineira de Lavras, retratando as dificuldades intrínsecas a uma nova realidade do serviço público na polícia. A solidão espiritual e a certeza de que muitas vezes na vida o ouro que se procura vem manchado de sangue e sofrimento. Às vezes uma oportunidade não é mais que uma desilusão.

Livro de poesias escrito em 2006 na cidade mineira de Lavras, retratando as dificuldades intrínsecas a uma nova realidade do serviço público na polícia. A solidão espiritual e a certeza de que muitas vezes na vida o ouro que se procura vem manchado de sangue e sofrimento. Às vezes uma oportunidade não é mais que uma desilusão.

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Raça Negra<br />

Amanhã...<br />

‘Quem sabe amanhã talvez’<br />

‘Quem sabe’<br />

O amor seja mais feliz do que hoje<br />

Que possamos ser iguais<br />

Dividir o nosso espaço<br />

Com pessoas de outra cor<br />

Que mereçam nossa companhia<br />

E ‘o tempo<br />

Coloque tudo no seu lugar’<br />

Que eu não precise<br />

Pedir ‘perdão’ por amar<br />

‘Quem sabe amanhã talvez’<br />

‘Quem sabe’<br />

A sociedade ‘cheia de manias’<br />

‘Que não liga pro meu sofrimento’<br />

‘E não sabe de mim’<br />

Reconheça que só ao meu lado<br />

(Nas noites de solidão e estrelas)<br />

Seu dia nascerá feliz<br />

‘E aí’<br />

‘Um beijo, um abraço,<br />

Um olhar, um sorriso...’<br />

‘Assim é o amor’<br />

Sem distinção de raça<br />

E a raça negra é confiante no amor<br />

Não ‘faz doer’<br />

Só quer o seu ‘espaço’<br />

‘Extrapola’ só em comemorar<br />

Porque a igualdade entre todos<br />

‘É tudo que eu preciso’<br />

‘Pro dia nascer feliz’<br />

Eu sou a raça negra!<br />

E se assim for<br />

‘Maravilha’<br />

24/08/2002<br />

‘Quem sabe amanhã talvez’<br />

‘Quem sabe’<br />

Precise de um tempo pra pensar<br />

Mas pensar em como é bom<br />

Viver e ser igual<br />

Onde não existam diferenças<br />

Entre o negro e o branco<br />

‘O tempo coloca tudo no seu lugar’<br />

E não nos deixa pensar no ‘fim’<br />

A barreira que nos espera ou<br />

Esquece que somos vida<br />

Porque o único ‘fim’ verdadeiro<br />

Direitos reconhecidos<br />

‘Aquilo que tem que ser será’<br />

‘A vida inteira’ ‘Como se fosse<br />

Um adolescente sonhador’<br />

Que o vento vem<br />

E carrega os pensamentos<br />

E os levam pra dentro de um<br />

‘Espelho’<br />

A consciência de cada homem<br />

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