1 12 MARES E CAMPOSbella canoa a Toninha, o voltando sempre alta noite,•ou pela madrugada. Se Deus qiti/.esse, elle faria omesmo agora, sem se apertar, porque desta vez, coubera-lhefelizmente o serviço dos carros, que findavasempre á noitinha. Quanto á distancia e ao mar, issopouco se lhe dava. Tinha bons pulsos para o remo,quando não pudesse velejar. O tempo, esse não o inquietava,não o amedrontava nas agitas, porque estavaíitfeito de criança a todas as suas variantes. Depois,contava infinitas travessias, mesmo para o Arvoredoe para o Rapa, sob ventos desfeitos, vagalhõcs desesperados.No mar poucos o venceriam: tinha uma "boaestrella", as ondas o amavam... Que chegasse á noite,era o que elle queria, para ir gozar o coroado !...E, embalado nesta idéa, illuminando-lhe econsolando-lhe a alma, como uma longa caricia deamante, voltou a assobiar com bravura, expansivaniente,as notas amorosas da Tyrauna. Os animaespuxavam, lançando baforadas de fumo na fres.uramatinal, toda impregnada de aromas. Na frente docarro, presa á haste rija de peroba, a canga rangia,de vez em quando, nas suas grossas guascas de couro.E, sobre os largos lombos arqueados e os pescoçospossantes dos bois, cujas cabeças sumiam-se, paraalém dos eanzis, quasi rentes com a terra no esforçoda subida, as quatro pontas aguçadas dos chifres,oscillando, enfiadas ao ajoujo.Mas o caminho ahi empinava-se, n'uma voltabrusca, onde se cavava fundo uma grota pedregosa eabrupta, rolando lá em baixo, entre sebes humidas,a prata viva e viajora de um fio d'agua cantante, e oAndré inimediatamJente saltou pára o chão, tomandoyi dianteira do vehiculò."Nessas alturas, o níar perdia-sede vista, porque' as chapadas onde esfavám ás
O ANDRÉ CANOEIRO 11,3roças voltavam-se todas para a outra banda. Agoradescortinavam-se somente as planuras verdejantes dasTijucas, alongando-se para todos os lados, orladasnevosamente de finas barras de tulle, que se perdiame ondulavam á distancia.E á proporção que o^irro avançava, o terrenose ia horisontando, até que de repente cahiu n'umaesplanada magnífica, toda coalhada de ramas. Era omandiocal do morro chamado, um mandiocal gigante,o mais custoso de todos pela sua situação, mas o quemelhores resultados deixava no fim de cada anno.O velho Elyseu Brito, quando ás vezes ia vel-o, na«na guêcha branca, pelo tempo da capinação, enchiaos olhos de gozo e exclamava n'um júbilo, o bellorosto radiante:— E' o meu thesouro ! E' o meu melhor quinhão !Quando o André entrou a fazer a volta, n'umperímetro de terreno limpo, onde se erguia uma esfongasestadias da colheita e da plantação, o Horten-iecie de rancho, para abrigar o pessoal da roça, nascio e o Luiz Brito, que o tinham precedido alli, aindanem se annunciava a manhã, para a faina de arrancaras raízes e arrumar a boa rama, gritaram-lhelogo :— Oh André, oh bregeiro, pois ainda agora,homem ! Descanga, descanga esses bois. Olha, amarra-oslá para aquelle outro lance. E anda, demônio !que a mandioca já está aqui a "apodrecer..."O André, que nesse instante collocava o muchachoe desabrochava os bois, volveu lentamente,com a voz constrangida pela applicação da força :— Ora aguardem lá, seus quebras ! Isto aquinão é ir variar parelheiros lá para o Capão, nem daras pernas á ufa nos fandangos da Maria Biana.,.8
- Page 1:
wygr
- Page 7:
Jfi. c V€Cf í* a/MARES E CAMPOS
- Page 11:
AO _11->T1!K INCLVTOECADE QUEIROZ
- Page 14 and 15:
M Alt rs E cwtrnsem oonjuncto, e tu
- Page 16 and 17:
10 MARES F. CAMPOSIIO seu Santos é
- Page 18 and 19:
12 MARES E i:AMl'(>SSentado n'um ni
- Page 20 and 21:
MARKS E CAMPOSd'agua. Aquillo, nem
- Page 22 and 23:
l(i—Lá anda a (Oiistança ás vo
- Page 24 and 25:
18água salgada, iam tirando os ná
- Page 26 and 27:
20 M.Ult'N E OAMl'OSO Manuel, todo
- Page 28 and 29:
MARES E CAMPOScarro chiando monoton
- Page 30 and 31:
24 MARES Y. i:\virosdar mais passad
- Page 32 and 33:
2(5 MARES E CAMPOSamada, onde ella
- Page 35 and 36:
A PESCA DAS TAINHASA MANOEL CCRVELL
- Page 37 and 38:
A PESCA DAS TAINHAS 81desenrolava,
- Page 39 and 40:
A PESCA DAS TAINHAS 33As primas che
- Page 41 and 42:
A PESCA DAS TAINHAS 35As filhas do
- Page 43 and 44:
A PESCA DAS TAINHAS 37Iam dar o seg
- Page 45 and 46:
A PESCA DAS TAINHAS 39lâminas elec
- Page 47:
A PESCA DAS TAINHAS 41O Zé Souza a
- Page 50 and 51:
44 M\m- K I:\MPOSalinhada dos dente
- Page 52 and 53:
46 MARRS E CAMPOSnos cabellos o nos
- Page 54 and 55:
4SMARES K CAMPOSAs moças enfiaram
- Page 56 and 57:
50 MARES E CAMPOSO navio do Manuel
- Page 58 and 59:
MARESK CAMPOSum bordo, em tremuras
- Page 60 and 61:
;-)4 MARES K CAMPOStendo-lhe baptis
- Page 62 and 63:
• r )t)MMIKS F. c.\Mi'0»tomavam
- Page 64 and 65:
MARES E CAMPOSA Mariasinha, que bem
- Page 66 and 67:
fiO M \HKS K C\MPOSIVD'ahi por dian
- Page 69 and 70: OS BOIS CHUCROSA EDUARDOSALAMONDEEr
- Page 71 and 72: OS BOIS CHUCROS 65arranjar, não ac
- Page 73 and 74: os RÓIS CHCCHOS 67Esconderam-se en
- Page 75 and 76: A VELA DOS NÁUFRAGOSAO DR. (IAMA-R
- Page 77 and 78: A VELA DOS NAÜFRAÍiOS 71de ura lo
- Page 79 and 80: A VELA DOS NAUEHAOOS 7$nara de todo
- Page 81 and 82: A VELADOS NÁUFRAGOSlembrou-se que
- Page 83 and 84: A VELA DOS NAUEP.AdOS 77E a viva na
- Page 85 and 86: A VELA IIOS NAPFRACOSTi*"nas e á C
- Page 87 and 88: A VELA DOS NAUFRAÍIOS 81hora mais
- Page 89: A VELA DOS NÁUFRAGOS 83debilmente
- Page 92 and 93: S(íMARES E CAMIMipida, sytnpathica
- Page 94 and 95: 88 MUiEs E cAiirostactear as ramage
- Page 96 and 97: 1HI MARES V. CUIIliSna ultima seman
- Page 98 and 99: 92 MARES K CAMPOScvlindros dourados
- Page 100 and 101: '94 MARKS • CAMPOSDo repente, das
- Page 102 and 103: -90 MARES F. CAMPOSconversa, gritou
- Page 105 and 106: O VELHO SUMARÉS 99E o velho Sumar
- Page 107 and 108: HISTORIA RÚSTICAAO PR.REMÉDIOS MO
- Page 109 and 110: HISTORIA RUSTICA 103
- Page 111 and 112: HISTORIA RÚSTICA 105-A' meia tarde
- Page 113 and 114: HISTORIA RÚSTICA 107pungitivamente
- Page 115 and 116: O ANDRÉ CANOEIROAO RR. CARLOS FULl
- Page 117: O ANDRÉ CANOE1RO1Hterras, para ir
- Page 121 and 122: O ANDRÉ CANO FIRO 115E atirava-se,
- Page 123 and 124: O ANDRÉ CANOEIRO 117vezes olhara i
- Page 125 and 126: O ANDRÉ CANOEIRO 119gracioso de am
- Page 127 and 128: O ANDRÉ CANOEIRO12Tdaquellas, sob
- Page 129 and 130: O ANDRÉ CANOEIRO 123lada e monóto
- Page 131 and 132: O ANDRÉ CANOEIRO 125> formidável
- Page 133: O ANDRÉ CAN0E1R0 127o largo thorax
- Page 136 and 137: 130 MARES E CAMPOSNunca a ruidosa b
- Page 138 and 139: 1"2 MARES E CAMPOScomo que o grito
- Page 141 and 142: MISS SARAHA GUILHERME DEMIRANDAFoi
- Page 143 and 144: MISS SARAM 137IIA casa (pio habitav
- Page 145 and 146: MISS SARAH 139O ar cheirava balsami
- Page 147 and 148: MISS SARAH 141impressão ameaçava
- Page 149 and 150: MISS SARAH 14&despedir-se pela visi
- Page 151 and 152: SEPARAÇÃOA ALVES DE FARIASFoi uma
- Page 153 and 154: SEPARAÇÃO 147de nostalgias e ais,
- Page 155: SEPARAÇÃO 149mar esse âmbito lut
- Page 158 and 159: 152 MARES E CAMPOSE desceram juntos
- Page 160 and 161: l.>4MARES E CAMPOS«tfeotuosa, enla
- Page 162 and 163: MARES E CAMPOScirculo a perna em tr
- Page 164 and 165: ], r )S MARES E CAMPOStado, as pern
- Page 166 and 167: l(il>MARES E CAMPOSpreparar-se e ir
- Page 168 and 169:
lt)2 MVHFS E CAMPOSFosso antes dorm
- Page 170 and 171:
1C4IIID'ahi a tempos, dizia-se por
- Page 172 and 173:
llili MARES E i:\MI-osentiu-se um r
- Page 175 and 176:
MAR GROSSOAO 1>R. RAMIZ fiALVAO-Des
- Page 177 and 178:
MAR GROSSO 171as mãos náufragas,
- Page 179 and 180:
O ALLEMAO DOU DOA IÍEHNAIUMNOVA RE
- Page 181 and 182:
0 ALLEMÃ0 110PDO 175Havia quasi un
- Page 183:
O ALLEMÃO DOUDO 177Um dia depois,
- Page 186 and 187:
ISOMARES E CAMPOSIa etfectuar-se o
- Page 188 and 189:
1X2MM1KS E CAMPOS•olhos rasos d'a
- Page 190 and 191:
1S4MARES E CAMPOSNa canoa grande
- Page 192 and 193:
1SI»MARES F. CAMPOSAo rumor do pro
- Page 194 and 195:
]SKMARES i: CAMPOSsignal ! O tempor
- Page 196 and 197:
190 MARES E CAMPOSacima da borda, p
- Page 198 and 199:
l!l_MARES E CAMPOSda costa, sob as
- Page 200 and 201:
194 MARES E CAMPOSfaça um homem, f
- Page 202 and 203:
196 MARES E c:\MPOSdeitando raáo a
- Page 205 and 206:
A BORDO DO STEAMERA GONZAGADUQU'E.A
- Page 207:
A BORDO DO STEAMER 201Cabe a tarde,
- Page 210 and 211:
204 MARES E CAMPOSMulheres de chal
- Page 212 and 213:
206 MARES E CAMPOSrente e longínqu
- Page 214 and 215:
_I)SMARES E CAMPOSnuamente, aqui e
- Page 217:
I3ST_DTOEPAUSO rnebtre de Redes 7O
- Page 221 and 222:
116 Ruas de S. José e Quitanda 24E
- Page 223 and 224:
— 3 —elogios. .
- Page 225 and 226:
•dores e cancioneiros portugueses
- Page 227 and 228:
•Historia Geral do Paraguay, desd
- Page 229 and 230:
— 9 —brasileiro, por J. J. de C
- Page 235:
BRASILIANA DIGITALORIENTAÇÕES PAR