,!iMARÉ* E C\MP"SE puzeram-se em marcha, ti*nma algazarravivaz, cheias de risos, onde transparecia a animaçãoda alegria—as mais audazes adiante, as mais timidnaatraz, cosidas umas ás outras.A estrada desenrolava-se branca, deserta, aqui oalém malhada de sombras pelos espinheiros e bananacsdas margens. O curvo azul dos céos resplandecia,muito alto, cheio de um mysterioso encanto, n'umavasta paz mystica, que as gargalhadas perturbavamsonoramente.IIIO Sebastião e o Vicente, companheiros inseparáveldas correrias nocturnas, os famosos quebrasque vagavam toda a noite pelos sitios, era endemoninhadasaventuras, raettendo-se atraz das porteira»ou das moitas da estrada, para dar sustos ás mulheres—vinham repontando na encruzilhada da praia, quandoouviram de repente, no vasio silencio, para os ladosda Ponte Velha, gritinhos de moças,exclamaçõesinhas,risadas.Pararam; puzeram-se á escuta. Queriam reconheceras vozes... Ah ! eram as da Maria Veríssima eoutras, que iam para o terço !E combinaram-se logo para lhes pregar umsusto.— Havia de ser com os bois chucros... Ellastinham muito medo dos bois chucros... A tropa todaestava no pasto do Constancio...E, já descalços, com os tamancos nas mãos, largaramá disparada pela picada que dava para lá.
os RÓIS CHCCHOS 67Esconderam-se então n'nma roça de oanna, do ladoda porteira, junto á cerca de espinhos. Abi, de vezem quando, chegava-lhes aos ouvidos a alegria ruidosado terço do Nicacio.A casa ficava a algumas braças, logo passandoo riacho, n'um alto, do lado do morro. Pelasjanellas abertas sahia uma illuminação vivissima, quedourava a verdura circumjacente, manchando a friadealbação do luar. No pequeno terreiro cm frente,silhouettes escuras, microscópicas, moviam-se, apinhadas,na fiammejação das luzes. E vozes frescas eagudas de crianças brincando, punham na noite silenciosae albente uma zurzinada festiva.Mas os dons quebras terríveis não queriam saberde nada, com o ouvido assestado para os lados debaixo. D'ahi a instantes sentiram de novo as risadasdas raparigas, que pouco a pouco avançavam paraelles, tornando-se mais nitidas, com o seu timbrealegre o erystalino. Depois fez-se um estrépito clarode passos e vozes femininas.Elles, erguendo^, cabeça, puderam enxergar, porentre o crivo das ramagens finas, já próximo á por*teira, á esquerda, o bando das moças, todas de branco,e lindas, ao luar, como visões de baladas. Vinhampela banda de cima, agarradas umas ás outras, renteá cerca, aterrorisadas, n'um frú-frú de saias engommadase roçagantes, estacando, ás vezes, com gritinhose saltos, á proporção que enfrentavam o pasto :— Ninguém falle !... ninguém fiille !... ciciavam.Lá estão os bois, Virgem Maria !...E proseguiam sempre, cautelosamente, subtilmente,como sobre um tapete, por cima da grama dasbeiradas. Já tinham passado a porteira, quando osrapazes lançaram-se ás carreiras dentro do cannavial,
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