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A PESCA DAS TAINHAS 81desenrolava, o chicote em terra e o seio a riscar aságuas balançantes.Depois, lá fora, além, as embarcações descreveramuma doce curva em direcção ao Canto das-Pedras, e as cortiças redondas começaram a fluctuar,espaçadas na tralha, como um cordão de enigmáticasreticências, que os vagalhões sacudiam e desalinhavavamno dorso monstruoso e brutal.As canoas aportaram de novo, vasias, todasalagadasdas invasoras ondas hostis, conduzindo,a outra ponta da beta, que deixava sobre o mar afôrma gigantesca de uma ferradura.Naquelle dia era o primeiro lanÇo que davam.Os ajudantes e camaradas, arrumados em duasturmas, uma em cada ponta do cabo, entraram apuxar as redes em fila, a um de fundo, com os pé»fincados no chão, caminhando de costas, n'um esforçolento e poderoso de bois de canga, como se estivessema arrrancar alguma pesada, invisível riqueza dofundotorvo do mar.Aquelles homens pareciam trabalhar esterilmente,porquanto o serviço não avultava senão emrolos infindáveis de cabo, que rapazinhos arranjavam*,aqui e alli, por sobre a faixa branca da praia.Mas o enorme disco preto de ferradura diminuíaaos poucos, e as cortiças balançantes se approximavammais...IIEra em Junho, um domingo de tarde. No alto,,o céo limpido e azulado arqiieava-se, n'uma translucideznngnifica. A' margem das estradas arenosas e-brancas, os colloiros dobravam nas ramagens altas_

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