]_(» MARES E CAMPOSuma claridade aivacenta, expunha a temerosa seenographiatòrva das mudanças de tenpo.Ficara, a principio, aborrecida, contrariada, masconhecia bem o André e sabia que por sua causa ellearrostaria tudo, custasse o que custasse. De resto,aquillo talvez não desse em nada, como aconteciaás vezes.E, no intuito de verificar se andaria algumavela lá pela terra-firme, em demanda da ilhaconvidou as amigas a darem uma chegadinha APonta, de onde se descortinava ainda o littoratda outra banda, sob a primeira nevoa da noite.Muito tempo, então, no meio da algazarra sonoradas raparigas em bando, sobre o alto descoberto egramoso do % r elho promontorio, erguido n'um supedaneode rochas, onde o mar escachôa noite e diaturbilhonando, esquadrinhou longamente, com o»seus doces olhos melancólicos, a faixa d'agua reluzenteda enseada dos Ganchos. E como nada descobrisse,sob a cinza crepuscular que augmentava,sepultando cada vez mais os longos, retirou-se silenciosamentecom as outras, n'um desanimo, o peito ojv»présso, sob a ameaça do temporal perturbando o seuamor.No terreiro do SanPAnna, porém, onde já muitagente se agglomerava pairando, encontrou o JoãoVeiga, que vinha chegando de Sambaquy pelomorro, e que lhe declarou ter visto, do alto do Maltão,uma canoa largando dos Ganchos. Pela altura emque andava, muito junto ao Recanto, lhe pareceraa Toninha, que vinha singrando naquelle rumo.E acerescentou, sorrindo maliciosamente :— Aquillo ha de ser o André, que não querperder o coroado... Mas que loucura, uma travessia
O ANDRÉ CANOEIRO12Tdaquellas, sob a tormenta pintando-se ao Sul ! Sdmesmoaquelle demônio! Você me perdoe, Therezinha,,eu é que não me arriscava nem por um milhão !...Ella, mais tranquilla e satisfeita, respondeu logo,toda risonha :— E' o que você diz, primo Veiga. Eu queriavêr aquelle tempo do namoro com a Anna. O queisso não foi! E o que não soffreu, o que não se consumiu,para assistir aquelles fandangos, onde ella iasempre, lá para Santo Antônio ! Pensa que eu nãosei! Pois olhe, eu me lembro ainda daquella feitaem que você perdeu o alazão, n'um braço do rio, pisando-setodo e ficando cinco mezes de cama...Elle funda retrucou, gracejando :— Qual ! Therezinha. São tolices. Eu nunca fuidessas cousas, Deus me livre! A Anna que teconte...E desappareceu, por entre um grupo de homensidosos, onde estava o Sant'Anna.A rapariga, então, n'uma pressa galante, enfiou-sepela porta com as outras, porque avistara asTeixeiras e as Nunes, que tinham vindo do Ratones.E foi logo todo um trinar amoroso de vozes, porentre os abraços e os beijos.Pouco a pouco a sala inteira encheu-se. Umaagglomeração de homens tomava a entrada, os corredores,a saleta. E assim que ocapellão entrou, algunsrapazes,que ainda se detinham a fallar no terreiro,correram immediatamente para casa...Quando a reza começou, lá fora, sobre as águas,o tufão cahia, varrendo as ondas, em rajadas doudas.A noite tornara-se medonha. E agora, de espaço aespaço, relâmpagos ao longe cortavam a treva, conkgrandes látegos de fogo.
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