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NUPCIAS MARINHAS 183Mas as embarcações, vogando parallelaniente, separadaspor pequena distancia, voltavam já o pontal,«ahindo no amplo estuário, onde a corrente impetuosado rio, luctando cora o mar invadido, erguiagrossos frisos ondulantes de espuma. Os seus cascos,esguios e negros, desenrolando saudosamente pelapopa fora duas immensas faixas de escocia alvaclia,«ani-se occnltando, pouco e pouco, na sombra deduas ilhas altas e frondejantes, emergindo em linhado espelho azul do oceano, como duas esmeraldasgigantes.Ari mulheres o as crianças, não podendo distinguirmais as canoas n'aquella posição, já muito diminuídasao longe, tinham deixado o parapeito e volviamn'esse instante á lida da casa, que se enfeitava todapara a volta dos noivos.A Maria Bastos, ]>oréni, não despegara, ummomento só, do pequeno paredão. E, triste e lacrinaante,isolada o só, perdida nas delicadezas vivíssimasdo seu sublime e ineflavel affecto de mãi, como filhinho mais novo ao collo, um bébé lindo o risonho,que se lhe debruçava sobre o hombro — olhavaainda aquelle "noivado de sua alma", que lá iaboiando, boiando...IIINo cortejo além, sobre o mar, todos iam festinantes.Parolava-se vivamente da abundância dasculturas e da riqueza da pesca. O anno que findarafora como poucos da mais ampla fartura. Prouveraa Deus que o mesmo acontecesse com aquelle, cujosprimeiros dias passavam alegremente, prenunciandonovas felicidades !