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NA ROÇA 157fora, em viagens, e a ultima que fizera matara-o, porquedesembarcara doente, em braços, a bem dizermorto, com uma pneumonia.Ella então, necessitada de uma companhia,tomou para si o Cosme, ura rapazinho orphão, magroe amarello, muito timido e desajeitado, com uma cariuhameiga e uns olhinhos grandes e mansos, e quevivia a favor em casa de uma pobre e numerosa fàmiliados Zimbros.O rapazinho não era feio e a tia Sabina, desdeque o tomara, que descobrira n'elle uma bondade —era obediente e calado, muito dócil, alheio a troças,e amigo de fazer as voltas da casa. Por essa razão,tratou logo de dar-lhe umas roupinhas e mandal-otodos os dias á escola, acompanhando-o até á porteira,e recomraendando :— " Sô bem ensinado e bom ; eaprende, meu filho, aprende, que é para seres homem."E ficava ainda depois a olhar de longe o pequeno,que ia caminhando sem se voltar, com o andar presoe atrapalhado, e os pés a doêrem-lhe e a escorregaremdentro dos tamanquinhos novos. Tinha então seisannos.Quando elle voltava, ao meio-dia, e vinha tomara benção, ella, sentada na caixa grande da sala, corao cesto da costura ao lado, apertava-o contra si carinhosamente,e tirava-lhe com meiguice o casaquinhoe o bonet, alisando-lhe para trás o cabello com acaricia das mãos, perguntando-lhe :— Então, soubeste hoje a lição ?E beijava-ó na testa, enternecida.Depois levantava-se ; ia tirar a comida — estendiano chão uma esteira, abria sobre ella uma toalhinhamuito alva e, com a panella ao lado e uma grandecolher de páo, enchia o alguidar do rapaz, que, sen-

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