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A VELA DOS NAUEHAOOS 7$nara de todo, o, sem saber como, por um acaso imprevisto,quasi um milagre, avistou terra, por barlavento,á distancia de milhas. Reconheceu logo oArvoredo, o Inglez, e puxara todo á bolina. É alliestava, felizmente, forte e perfeito, com essa casca denóz do Andorinha e toda a sua companha...Quando elle acabou, a Maria Virgínia, queouvira tudo attentamente, immovel, muito pallida,o coração palpitante, acercou-se, por entre os homens.E, saudando-o, n'uma voz doce e tremula, cheia decoração:—Então, por aqui, depois de tantos trabalhos,,hein? Que desgraças por este oceano !... E que grandelestada, nem o temporal de Março de que fallava amãi ! Nunca se vira uma cousa assim! Alli, no arraial,fora uma calamidade, parecia que era o fim do inundo!E como elle escapara, após tantos perigos, tantasafflicções ? Só por Deus, só por Nossa Senhora dosNavegantes !—E' voidado, Maricá, graças ao Pai do Céo,escapámos...E, n'um gosto da sua mão hercúlea, descobriu-se,deixando ver a bella testa tisnada, toda aureolada deespessosoaraoóos castanhos.Em seguida, ella contou-lhe, n'um grande abalointimo, em phrases entrecortadas e soluçantes, oslindos olhos negros arrazados de pranto, que o que alevara até alli fora a profunda anota em que estavapor " alguma nova " do Siqueira, que se fizera ao marum dia antes decahir aquelle " inferno de tempo "..De certo, andara rolando também, aos trambolhões,por esses mares de Deus... E, quem sabe,o que lhe teria acontecido sobre essas ondas env,sanha? Desde que aquillo desabara, não parará*