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DIVERSIDADE, CITOGENÉTICA E INFLAÇÃO
TAXONÔMICA EM FORMICIDAE
Jacques Hubert Charles Delabie & Cléa dos Santos Ferreira Mariano
Laboratório de Mirmecologia, Convênio UESC/CEPLAC, CP 07,
Itabuna, 45600-000 Bahia, Brazil. delabie@cepec.gov.br
A família Formicidae é considerada monofilética e tem origem, no
mínimo, no Cretáceo, há mais de 100 milhões de anos (Grimaldi et
al., 1997; Wilson & Holldöbler, 2005). As formigas representam 10 a
33% da biomassa animal nos ecossistemas terrestres sendo notáveis
por sua dominância ecológica como insetos predadores, escavadores
e herbívoros indiretos (Hölldobler & Wilson, 1990; Wilson &
Holldöbler, 2005). São distribuídas em todas regiões biogeográficas
do planeta, salvo oceanos e regiões polares, e as espécies interagem
a todos os níveis ecológicos dos ambientes terrestres, particularmente
nas regiões intertropicais. Atualmente existem mais de 11.000 espécies
descritas (Wilson & Holldöbler, 2005), e uma estimativa de mais de
21.000 táxons agrupados em 21 subfamílias modernas (Bolton, 2003).
Dessas subfamílias, 12 são encontradas na região neotropical, onde
existe uma diversidade superior a 3.000 espécies segundo a literatura
mirmecológica clássica (Kempf, 1972; Bolton, 1994, 1995).
A família Formicidae tem atualmente 514 táxons estudados em citogenética,
com uma variação que pode ser considerada espetacular, quando comparada
a outros grupos de artrópodes, em particular os Hymenoptera: 2n=2-106
(Mariano et al., 2004). No entanto, diante do grande número de espécies de
formigas atualmente descritas, é evidente que ainda é parca a quantidade de
informações disponíveis acerca da estrutura dos cromossomos na família. A
citotaxonomia de formigas, produto do conhecimento sobre os cariótipos
desses insetos, é considerada informação importante ao caracterizar qualquer
espécie, porque, como em outros animais, o cariótipo de determinada espécie
é razoavelmente estável (Imai et al., 1977).
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