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Security and Defense Studies Review 2010 Fall ... - Offnews.info

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Portanto, não se consegue visualizar uma postura uniforme dentre os postulantes ao assentopermanente. As estratégias para consecução de seus pleitos são bastante diversas, com alguns pontosde tangência. Enquanto alguns parecem participar maciçamente de OMP, outros não dedicam especialinteresse nesta estratégia para concentrar seu pleito de inclusão. Permite-se concluir que, dentre ospostulantes citados, Nigéria, Índia, Brasil, Egito e, até mesmo a Alemanha parecem ter optado pordedicarem esforços à participação em OMP. Por outro lado, vê-se que Brasil, Japão e Alemanhaparecem também dispostos a se manterem constantemente no plenário do Conselho de Segurança,mesmo como Membros não-permanentes, como parte de suas estratégias de inserção no processo dereformulação da estrutura da ONU.Constata-se, conclusivamente, que a participação do Brasil em OMP pode ser consideradaexpressiva na comunidade internacional. Verifica-se ainda, que tal participação foi substancialmenteaumentada após o ano de 1988, em especial após a segunda metade da década de 1990 e mantidadurante a primeira década do século XXI (Governos Fern<strong>and</strong>o Henrique Cardoso e Luiz InácioLula da Silva que, independentemente de suas divergências políticas e ideológicas, mantiveram amesma sintonia neste aspecto da política externa brasileira). Constata-se, ainda, a aproximação dosdiversos discursos que justificam o pleito de assento permanente no CSNU com a argumentação pormaior inserção brasileira no cenário internacional, sua liderança regional e sua participação efetivae engajada em Operações de Manutenção da Paz. Por fim, verifica-se que, dentre os países que maiscomumente pleiteiam vaga permanente no CSNU, não há uniformidade de estratégias de maior oumenor participação em OMP.Assim, a opção pelo aprofundamento sobre o caso brasileiro buscou traduzir que, diante dacategorização apresentada de estados que mais se engajam em operações de paz, o caso brasileiroparece ímpar por aglutinar características de interseção dentro das diversas categorias estudadas. Suaestratégia parece demonstrar firme propósito de se fazer presente de forma ativa sob diversas facetas,sejam regionais, sejam via m<strong>and</strong>ato eletivo no Conselho de Segurança, seja por engajamentos devisibilidade internacional.Essa alteração de postura brasileira e sua categorização podem, no entanto, servirem de subsídioao aprofundamento de outros casos. Os países do Cone Sul parecem ter mais interseções entresuas posturas. O caso do Uruguai, por exemplo, guarda bastante similitude ao caso brasileiro. Aparticipação uruguaia, apesar de ser declaradas somente como um auxílio à política externa dopaís, tornaram-se a principal atividade de suas Forças Armadas. De fato, a lei orgânica uruguaiaencarrega as Forças Armadas de primeiramente defender o território uruguaio e manter a segurançainterna. Entretanto, essa função parece ter se tornado insuficiente para manter os efetivos militaresocupados, assim, a participação em operações de paz aparece como uma forma de empregar os“militares excedentes”. 36 Para o Uruguai, as operações de paz também proporcionam treinamento aossoldados, assim como se traduzem em renovação de equipamentos e possibilidade de aumento dosrendimentos particulares dos militares. O resultado desta política é que atualmente mais de 60 porcento dos militares uruguaios já tiveram ao menos uma experiência em operações de paz. SegundoZurbriggen 37 , a maioria destes efetivos afirmou ter participado dessas operações principalmente pelosincentivos econômicos.Os Estados têm propósitos diferentes ao decidirem se engajar ou não em Operações de Paz, masparece claro que o nobre propósito de auxiliar a manter a paz nem sempre é o que norteia tais decisões.Assim, o poder de ingerência sobre áreas ‘consideradas’ como danosas à paz mundial apenas deixou36VALES, Tiago Pedro. A Constante Presença Uruguaia nas Operações de Paz: Implicações às Questões Internas no Âmbito Político. II Simpósiode Pós-Graduação em Relações Internacionais UNESP/UNICAMP/ PUC/SP, 16 a 18 de Novembro de 2009. Disponível em: http://www.unesp.br/santiagodantassp. p.12.37ZURBRIGGEN, Cristina. Politica Exterior, defensa y las operaciones de paz: ¿uma estratégia coherente? – El caso de Uruguay. Revista FuerzasArmadas y Sociedad • Año 19 • Nº 1 • 2005 • pp. 85-109106<strong>Security</strong> <strong>and</strong> <strong>Defense</strong> <strong>Studies</strong> <strong>Review</strong> <strong>2010</strong> <strong>Fall</strong>-Winter Issue / Edicíón Otoño-Invierno <strong>2010</strong> / Edicão Outono-Inverno <strong>2010</strong> / Volume 11

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