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o impacto das cotas nas

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228 • O impactO <strong>das</strong> cOtas <strong>nas</strong> universidades brasileiras (2004-2012)<br />

longo do período, a mesma candidata matriculou-se em Enfermagem em 2008<br />

e em Medicina em 2010, portanto estamos contabilizando 9 vagas preenchi<strong>das</strong>.<br />

Fontes: COPERVE/UFSC e SeTIC/UFSC.<br />

O Quadro 7 apresenta dados que informam que no ano de<br />

2008 houve ape<strong>nas</strong> 7 inscritos, ocorrendo um aumento substantivo<br />

no ano seguinte, 14 inscritos em 2009. Contrariando as iniciativas<br />

de uma política de democratização do acesso com recortes<br />

socioeconômicos e étnico-raciais, em 2009, houve uma decisão<br />

institucional de alterar a linha de corte para aprovação. O efeito<br />

mais grotesco desta decisão institucional foi o não preenchimento<br />

de vagas em, ao menos, nove cursos ofertados nos diferentes<br />

campi e <strong>nas</strong> diferentes modalidades de ingresso na UFSC, quer<br />

pelo Programa de Ações Afirmativas ou pelo sistema geral.<br />

Particularmente, para o caso dos candidatos indíge<strong>nas</strong>, isso refletiu<br />

no índice da aprovação e na diminuição dos pretendentes para os<br />

vestibulares nos anos seguintes. Isto explica, em alguma medida, a<br />

considerável diminuição do número de candidatos indíge<strong>nas</strong> em<br />

2010, com sete inscritos e somente dois aprovados e classificados, e<br />

em 2011, com três inscritos e dois aprovados e classificados. No ano<br />

de 2012, houve um importante aumento de candidatos, atingindo<br />

o número de 13 inscritos com seis aprovados e cinco classificados.<br />

Entretanto, é um número que expressa resultados bastante tímidos<br />

para uma política arrojada de inclusão.<br />

Quando analisados os dados sobre o desempenho dos<br />

candidatos e o motivo da reprovação, fica bastante evidente o<br />

<strong>impacto</strong> <strong>das</strong> alterações bruscas ocorri<strong>das</strong> no vestibular em 2009,<br />

como sinalizado atrás. Com as alterações, aumentou o desempenho<br />

mínimo para o candidato ser considerado aprovado no vestibular:<br />

na redação a nota mínima passou de 3,0 para 4,0, em Língua<br />

Portuguesa e Literatura a nota passou igualmente de 3,0 para 4,0,<br />

bem como a alteração de 20 para 24 pontos mínimos no conjunto<br />

<strong>das</strong> sete demais discipli<strong>nas</strong>.<br />

A Comissão de Acompanhamento <strong>das</strong> Ações Afirmativas<br />

elaborou um relatório analisando essa questão e solicitando que<br />

a nota mínima voltasse a ser menor para candidatos indíge<strong>nas</strong>.

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