o impacto das cotas nas
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O impactO <strong>das</strong> cOtas <strong>nas</strong> universidades brasileiras (2004-2012) • 271<br />
Como se vê, no CCET, à exceção dos cursos de Física,<br />
Física Médica, Matemática e Estatística, os não cotistas (Grupo<br />
A) têm médias superiores aos alunos cotistas, em alguns casos<br />
superiores em 1 ponto. Questão que deve ser melhor analisada,<br />
a partir de novos dados, em análises futuras, a fim de se pensar<br />
em estratégias de ação que possam minorar os efeitos <strong>das</strong> causas<br />
dessas diferenças (cursos voltados para as discipli<strong>nas</strong> em que<br />
os alunos cotistas têm mais dificuldades, programas de bolsa<br />
específicos etc.).<br />
Esse fenômeno não se reproduz nos cursos de outros centros<br />
da UFS. No CCBS, por exemplo, mesmo em cursos com grande<br />
concorrência no vestibular, tal como Medicina, por exemplo,<br />
não há grandes distorções entre as médias obti<strong>das</strong> pelos alunos<br />
cotistas e pelos não cotistas. No caso de Engenharia Agronômica<br />
e Fonoaudiologia, a média dos alunos oriundos <strong>das</strong> <strong>cotas</strong> B<br />
é mesmo superior às dos alunos não cotistas. Fenômeno que<br />
ocorre também em Educação Física e Ciências Biológicas. Seja<br />
como for, nesse Centro, mesmo quando os não cotistas têm<br />
médias superiores aos cotistas, as diferenças entre eles são muito<br />
peque<strong>nas</strong>, inferiores a 10% (1 ponto no IRA).<br />
Essa mesma tendência é observável nos cursos do CCSA,<br />
onde, com a notável exceção dos cursos de Direito e Relações<br />
Internacionais, os resultados obtidos pelos alunos cotistas são<br />
ligeiramente superiores aos dos não cotistas.<br />
Muito provavelmente esse diferencial em favor dos alunos<br />
cotistas está contaminado pelo maior número de reprovações<br />
por faltas dos alunos não cotistas em determinados cursos (o<br />
que abaixa as médias pondera<strong>das</strong>), mas não deixa de ser uma<br />
ironia o fato de os resultados obtidos até o momento negarem<br />
um dos principais argumentos dos que se opõem às <strong>cotas</strong> no<br />
ensino universitário.<br />
Tendência visível ainda no Centro de Educação e Ciências<br />
Huma<strong>nas</strong> - CECH (com exceção dos cursos de Filosofia,<br />
Pedagogia, Letras-Inglês, Letras-Francês, Psicologia e de<br />
Publicidade) e nos cursos dos campi de Itabaiana e de Laranjeiras<br />
(com as exceções de Arquitetura e Dança).