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o impacto das cotas nas

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O impactO <strong>das</strong> cOtas <strong>nas</strong> universidades brasileiras (2004-2012) • 61<br />

Entretanto, nos três anos seguintes (2010 a 2012) há uma queda na<br />

média do escore nos dois grupos. Todos esses cursos <strong>das</strong> engenharias<br />

oscilaram com uma diferença que varia de 0,7 a 1,1 pontos. Mesmo<br />

o curso de Engenharia Elétrica, visto como o de maior diferença nos<br />

quatro anos anteriores, da ordem de 1,6 pontos, oscilou entre 0,9 e 1,1.<br />

Arquitetura é o único curso, de todo o grupo selecionado, em que se<br />

observa uma recuperação, no ano de 2012, da diferença entre cotistas<br />

e não cotistas; isso se comparado com o quinquênio (2005-2009)<br />

quando a diferença estava entre 1,1 e 1,2 pontos. Medicina, Direito,<br />

Odontologia, Administração apontam para média-escore que vai de<br />

0,6 a 0,8, sendo que Ciências da Computação e Psicologia indicam<br />

uma menor diferença, entre 0,3 a 0,5 pontos.<br />

Todo este quadro, que pode ser observado na Tabela 14, aponta<br />

para uma queda na média-escore de ingresso dos estudantes cotistas e<br />

não cotistas nos últimos três anos. Se os não cotistas alcançaram uma<br />

média acima de 7,4 no curso como Medicina entre 2005-2009, a partir<br />

de então atingiram no máximo 6,1. O mesmo pode ser observado no<br />

curso de Direito, onde a média caiu de 7,0 (2005-2009) para 5,2 (2010-<br />

2012) ou Engenharia Elétrica de 7,0 para 5,0 no mesmo período. E as<br />

outras engenharias atingiram no máximo 5,1. Nos outros cursos os<br />

estudantes não cotistas tiveram um desempenho médio de, no máximo,<br />

4,5 (Odontologia, Administração, Arquitetura), ou 4,7 (Psicologia), e<br />

a menor média- escore nesses cursos de alto prestígio verificou-se em<br />

Ciências da Computação. Caiu de 6,4 (2005-2009) para 3,4 (2010-<br />

2012). Uma hipótese é que esse fato está, provavelmente, relacionado<br />

ao desempenho em discipli<strong>nas</strong> específicas como matemática, história e<br />

também redação, que teriam proporcionado um desempenho menor<br />

nesses anos observados e nos dois grupos.<br />

A diminuição da média-escore observada entre os não cotistas<br />

também se verifica entre os cotistas. Entretanto, a diferença entre eles<br />

mostra um dado curioso: em todos os cursos de alto prestígio, de<br />

2010 a 2012, essa queda foi acompanhada de uma menor diferença<br />

entre os dois grupos. Cursos como Medicina, Direito, Odontologia<br />

e Administração oscilaram entre 0,6 a 0,8 pontos. Nas engenharias e<br />

Arquitetura a diferença esteve no intervalo entre 0,7 a 1,2. Psicologia<br />

e Ciências da Computação tiveram a menor diferença, entre 0,3 e 0,5.

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