05.04.2013 Views

o impacto das cotas nas

o impacto das cotas nas

o impacto das cotas nas

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

236 • O impactO <strong>das</strong> cOtas <strong>nas</strong> universidades brasileiras (2004-2012)<br />

e ape<strong>nas</strong> 7 se mantém no curso, verificamos a necessidade urgente<br />

de revisão dos mecanismos de ações afirmativas para indíge<strong>nas</strong><br />

na UFSC.<br />

Simulações de <strong>cotas</strong> na UFSC<br />

Conforme mencionado anteriormente, a Universidade Federal de<br />

Santa Catarina adotou nos vestibulares de 2008 a 2012 um sistema<br />

de <strong>cotas</strong> que previa 20% <strong>das</strong> vagas de novos ingressantes para<br />

candidatos que cursaram ensino fundamental e médio em escola<br />

pública e 10% <strong>das</strong> vagas a candidatos negros, preferencialmente<br />

oriundos de ensino fundamental e médio público.<br />

Um dos estudos que fundamentou a proposta do PAA em<br />

2006 foi a simulação de duplicação de vagas e seu efeito para<br />

a escola pública e negros, e a simulação de <strong>cotas</strong> para ensino<br />

médio público e seu efeito no percentual de negros. 13 Na ocasião,<br />

verificou-se que a simples duplicação do total de vagas oferta<strong>das</strong><br />

pela UFSC, sem qualquer ação afirmativa, não teria efeito<br />

significativo no percentual de oriundos de escola pública e negros.<br />

Também não haveria inclusão relevante de negros, caso houvesse<br />

reserva de vagas de 50% para oriundos de ensino médio público.<br />

No presente estudo foram simulados os potenciais ingressos<br />

dos candidatos do vestibular da UFSC entre 2008 e 2012 em<br />

quatro diferentes cenários. Em cada um deles calculou-se o<br />

percentual de possíveis ingressantes segundo o percurso escolar<br />

(ensino fundamental e médio em escola pública vs ao menos<br />

parte dos anos de estudo em escola particular) e cor de pele/<br />

raça autorreferida (branca, preta, parda, indígena e amarela). As<br />

cores/raças parda e preta também foram analisa<strong>das</strong> em conjunto,<br />

compondo a categoria negra.<br />

13 Marcelo Henrique Romano Tragtenberg, João Luiz Dorneles Bastos, Lincon<br />

Nomura e Marco Aurélio Peres. “Como aumentar a proporção de estudantes<br />

negros na Universidade?”, Cadernos de Pesquisa, v. 36, n. 128 (2006), p. 473-95.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!