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O Nordeste e as Lavouras Xerófilas.pmd - Ainfo

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Desse modo, Touros, Ceará Mirim, Natal, Macaíba, S. J. Mipibu, Nísia<br />

Floresta, Ares, Goianinha, Monte Alegre, Pedro e Canguaretama estão no<br />

agreste.<br />

A região recebe parte d<strong>as</strong> chuv<strong>as</strong> do Brejo da Paraíba, desviad<strong>as</strong> pelos<br />

ventos que esbarram nos contrafortes da Borborema; também, a presença<br />

do mar influi na umidade atmosférica.<br />

O solo é arenoso, amarelo, profundo, com água subterrânea, às vazes<br />

boa, outr<strong>as</strong> vezes salobra ou calcárea.<br />

Tem sido observado por nós que, no agreste do Rio Grande do Norte,<br />

frutificam bem o cajueiro, a goiabeira, o agave, o coqueiro, a mangueira, o<br />

abacaxi, o maracujá, a mandioca, o feijão e o algodão herbáceo, mesmo sem<br />

a irrigação. Com a topografia plana ou ondulada e a adubação, é possível a<br />

lavoura em grandes áre<strong>as</strong>.<br />

Mediante a aplicação de calcáreo para a correção da acidez dos solos e<br />

do osso moído, <strong>as</strong> p<strong>as</strong>tagens poderão ser melhorad<strong>as</strong> para a criação intensiva<br />

de bovinos. O agrônomo Guilherme Azevedo está plantando bosques<br />

forrageiros de algaroba naquela região.<br />

A proximidade de Natal e de outr<strong>as</strong> cidades litorâne<strong>as</strong> indicam a possibilidade<br />

do aproveitamento do lixo decomposto para adubo.<br />

No agreste potiguar ficam os vales úmidos ou baixios enxarcados d’água,<br />

formados pelos rios Maxaranguape, Punaú, Curicaca, Goiabeira, Doce, Trairi,<br />

Jacu, Curimataú e outros, que desaguam no Atlântico, no litoral de Touros<br />

até a divisa da Paraíba. Ess<strong>as</strong> várze<strong>as</strong> de solos silicosos, aluvionais, turfosos<br />

e ácidos, ficaram incult<strong>as</strong> pela ocorrência do impaludismo, da falta de drenagem<br />

e de correção dos solos, e pela ausência de estrad<strong>as</strong> de acesso. O<br />

engenheiro agrônomo João Nogueira Gomes de Matos, ex-chefe do Fomento<br />

Agrícola do Rio Grande do Norte, informou-se que a área útil seria de<br />

12.000 hectares; o engenheiro agrônomo Antônio Coalho Malta estima a<br />

superfície em 30.000ha.<br />

Um convênio entre o Governo Estadual, o INIC, o ETA, e o acordo dos<br />

Bispos iniciou, em boa hora, a utilização dess<strong>as</strong> terr<strong>as</strong>, no Pium e no Panaú, com<br />

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