13.04.2013 Views

O Nordeste e as Lavouras Xerófilas.pmd - Ainfo

O Nordeste e as Lavouras Xerófilas.pmd - Ainfo

O Nordeste e as Lavouras Xerófilas.pmd - Ainfo

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

290<br />

5.10 - O faveleiro ou favela<br />

Ecologia - As condições especiais do clima e do solo nordestino determinaram<br />

<strong>as</strong>sociação florístic<strong>as</strong> ou vegetações típic<strong>as</strong> onde, entre muit<strong>as</strong> espécies,<br />

sobressaem plant<strong>as</strong> de grande valor econômico.<br />

A combinação de fatores meteorológicos, agrológicos e biológicos resultou<br />

na formação de um ambiente ecológico ou região quente e periodicamente<br />

seca com nuances intern<strong>as</strong> da variação ecológica conhecid<strong>as</strong> como<br />

regiões denominad<strong>as</strong> sertão, caatinga, agreste, seridó, etc. sem querer falar<br />

n<strong>as</strong> serr<strong>as</strong> e nos litorais.<br />

A grande “zona” interior vulgarmente chamada sertão, m<strong>as</strong> que, ecologicamente,<br />

os cientist<strong>as</strong> dividiram em sertão típico, caatinga, agreste, seridó,<br />

etc, por causa de diferenç<strong>as</strong> n<strong>as</strong> <strong>as</strong>sociações florístic<strong>as</strong>, topografia, solos e<br />

outros fatores, é uma zona sem similar no mundo pel<strong>as</strong> su<strong>as</strong> característic<strong>as</strong>, é<br />

um imenso laboratório botânico onde a inteligência do nordestino foi buscar<br />

grandes riquez<strong>as</strong> e nov<strong>as</strong> comodidades para a civilização em matéri<strong>as</strong>-prim<strong>as</strong><br />

vegetais extraíd<strong>as</strong> da carnaúba, da oiticica, do algodão mocó, da maniçoba,<br />

do caroá, para citar somente <strong>as</strong> de maior importância.<br />

Muit<strong>as</strong> outr<strong>as</strong> plant<strong>as</strong> de valor econômico esperam a sua vez de entrar<br />

para o rol d<strong>as</strong> “importantes” e, entre el<strong>as</strong>, podemos citar o faveleiro, o “matap<strong>as</strong>to”<br />

(forrageira seca contém 17% de proteína), o “pega-pinto roxo” (seco<br />

contém 49% de proteína), o “engorda-magro” (seco contém 22% de proteína),<br />

o cumaru, o pinhão-bravo, o umbuzeiro, etc.<br />

O faveleiro ou favela (Cnidosculos phyeacanthus, Martius), cujo estudo<br />

foi iniciado em 1937 pelo botânico Phylipp von Luetzelburg, é uma árvore<br />

de 3 a 5m de altura, espinhenta, da família d<strong>as</strong> euforbiáce<strong>as</strong>, que vegeta na<br />

caatinga e no sertão de solo seco, pedregoso, sem humo, sem cobertura<br />

protetora, exposta à forte irradiação e calor médio de 25 graus, em <strong>as</strong>sociação<br />

com pinhão bravo, maniçob<strong>as</strong>, marmeleiros, pereiro, xique-xique e cançanção.<br />

Ela aparece em grande quantidade no sertão e caating<strong>as</strong> do Piauí, Ceará,<br />

Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Bahia.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!