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O Nordeste e as Lavouras Xerófilas.pmd - Ainfo

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ácido, etc., que nutrem o vegetal, quando o céu lhe nega água. Perdendo <strong>as</strong><br />

folh<strong>as</strong>, depois do inverno, para evitar a transpiração, o umbuzeiro atravessa<br />

o verão em estado de dormência vegetativa, com os xilopódios cheios de<br />

reserv<strong>as</strong> nutritiv<strong>as</strong>. Ao iniciar o inverno, <strong>as</strong> primeir<strong>as</strong> chuv<strong>as</strong>, modificando a<br />

temperatura e o grau higrométrico do ar, aceleram o metabolismo interno<br />

como aparecimento d<strong>as</strong> primeir<strong>as</strong> flores e folh<strong>as</strong> nos meses de janeiro a fevereiro.<br />

Em março e abril, os frutos amadurecem. O xerofilismo do umbuzeiro<br />

faz reserv<strong>as</strong> por adiantamento, uma f<strong>as</strong>e ativa de elaboração de alimentos,<br />

enquanto existem <strong>as</strong> folh<strong>as</strong> no inverno e permanece economizando ess<strong>as</strong> reserv<strong>as</strong><br />

durante a f<strong>as</strong>e de estagnação vegetativa, no verão quente e seco.<br />

O Dr. Mário Ferri, estudando o umbuzeiro, em Paulo Afonso, esclareceu<br />

que os estômatos d<strong>as</strong> folh<strong>as</strong> começam a abrir às 8 hor<strong>as</strong> da manhã e a fechar<br />

às 12 hor<strong>as</strong> (53) . Esta árvore tem, <strong>as</strong>sim, dois reguladores de economia da<br />

água: um diário e outro anual.<br />

Estudos - O engenheiro-agrônomo Paulo B. Guerra, em 1938, estudou<br />

os umbuzeiros da Serra da Borborema; colheu e pesou os 15.680 frutos<br />

encontrados em uma árvore, no total de 153 quilos. A produção, anteriormente<br />

colhida, desse pé, foi estimada em 150 quilos e o agrônomo calculou<br />

em mais de 300 quilos a produção anual. O peso de um umbu maduro varia<br />

entre 10 a 20 gram<strong>as</strong>. O relatório do mesmo agrônomo dá o estudo de 600<br />

frutos, pesando 12.780 gram<strong>as</strong>, contendo 27% de polpa, 8% de caroço e<br />

65% de c<strong>as</strong>c<strong>as</strong>.<br />

A safra não pequena de umbus, de árvores após 6 anos de idade, somente<br />

é possível porque <strong>as</strong> grandes batat<strong>as</strong> d<strong>as</strong> raízes guardam água e alimentos<br />

para <strong>as</strong> époc<strong>as</strong>. Esta vitória de planta sobre o clima encerra enorme<br />

vantagem para a população, cabendo aos técnicos e ao governo promoverem<br />

o melhoramento de planta e a propaganda para o seu fomento. A grande<br />

área adaptável ao umbuzeiro, no <strong>Nordeste</strong>, a considerável produção por pé,<br />

a extraordinária resistência aos períodos secos, a longevidade da árvore, nos<br />

fazem pensar na possibilidade de, por meio de estudo, da enxertia e da seleção,<br />

conseguir-se considerável melhoramento no tamanho do fruto, no aumento<br />

da polpa doce com redução do tanino, na diminuição do caroço e no<br />

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