13.04.2013 Views

O Nordeste e as Lavouras Xerófilas.pmd - Ainfo

O Nordeste e as Lavouras Xerófilas.pmd - Ainfo

O Nordeste e as Lavouras Xerófilas.pmd - Ainfo

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

188<br />

5.1 - Algodão Mocó<br />

Dizem os historiadores (22) que a cultura do algodão começou, no Ceará,<br />

em 1777, com a produção de 77 arrob<strong>as</strong>, na Serra da Uruburetama.<br />

Não há referência ao tipo ou variedade cultivada. O Dr. Idelfonso Albano<br />

registra (22) , <strong>as</strong> exportações do Ceará, dessa fibra, de 1777 a 1821, não<br />

seguidamente, e de 1845 a 1915.<br />

Ainda que a cultura do algodão mocó seja bem antiga no <strong>Nordeste</strong>, os<br />

agrônomos br<strong>as</strong>ileiros, estudiosos dessa planta, como Ursulino Veloso (23) ,<br />

Fernando Melo (24) , Carlos Faria (25) , Honorio Monteiro, João Batista Cortês,<br />

Alcides Franco, Pimentel Gomes e outros, não dão como esclarecida a origem<br />

dessa malvácea. Esses autores citados e alguns outros estrangeiros emitiram<br />

<strong>as</strong> seguintes opiniões, ainda não devidamente elucidad<strong>as</strong>: 1) que o mocó<br />

descende do algodão egípcio Mako, cultivado outrora no Rio Grande do<br />

Norte; 2) que ele veio do Sea-Island, plantado no seridó no século XIX; 3)<br />

que seria originário do seridó.<br />

O Engenheiro agrônomo Fernando Melo, em excelente monografia (24) ,<br />

diz às págin<strong>as</strong> 22 e 23: “quem primeiro trouxe, para o seridó, sementes de<br />

algodão, para cultivo e negócio, foi Alexandre Garcia do Amaral, vulgo Alexandre<br />

Menino, morador no rio S. José, município de Acary. “Matuto” que<br />

negociava com carne e queijo para Recife, numa dess<strong>as</strong> viagens, em 1861,<br />

trouxe sementes de algodão de espécies: quebradinho e herbáceo. Em 1887,<br />

deram um pouco de sementes pret<strong>as</strong>, miúd<strong>as</strong>, e plantei na mesma época”.<br />

Indagando a origem d<strong>as</strong> sementes, escreveu: “Cândido Fernandes de Araújo,<br />

vulgo Cândido Coxo, morador no rio S. José, município de Acary, indo a<br />

Bananeir<strong>as</strong>, Estado da Paraíba, hospedou-se em c<strong>as</strong>a de seu amigo João<br />

Marques, residente em Chan do Moreno, no município de Bananeir<strong>as</strong>: “Este<br />

indo ao porto daquele Estado, comprou uma arroba de sementes vind<strong>as</strong> do<br />

Egito, <strong>as</strong>sim disse-lhe uma pessoa. Deu um punhado ao seu hóspede, o qual<br />

plantou-<strong>as</strong> em seu sítio (Fernando de Melo do N<strong>as</strong>cimento, na história do<br />

algodão do seridó, escrita por Francisco Raymundo de Araújo)”.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!