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Baixar - Brasiliana USP

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858 XL. - DESDE AS PAZES D'UTRECHT ATÉ O ARMISTÍCIO DE PARIS EM 1737.<br />

inaugurado um padrão de posse. Contra este exame enviavam<br />

um protesto dois jesuitas de Quito, aos quaes deu, por ordem<br />

da corte, triumfante resposta (provavelmente redigida por Alexandre<br />

de Gusmão), o governador João de Abreu Castel Branco'.<br />

Por outro lado, apezar das evidentes estipulações do tratado<br />

de Utrecht, em 1720 começaram muitos Francezes de<br />

Cayenna a apresentar-se no Amazonas, sob pretexto de commercio,<br />

a ponto que se fez necessário que a corte prohibisse<br />

expressamente 2 semelhante commercio. O governador João<br />

da Maia da Gama fez cumprir as ordens, e além disso mandou<br />

ao Oyapoc o capitão João Paes do Amaral em 1723.<br />

Voltou este official dizendo ter visto no mesmo rio um padrão<br />

com os armas 4e Portugal; o que levou o governador de<br />

Cayenna a construir á margem esquerda daquelle rio o forte de<br />

S. Luiz, e a prestar-se o dito governador para melhor esclarecer<br />

o facto a mandar ahi o major Francisco de Mello Palheta,<br />

que não duvidou assignar, em 13 de maio de 1727, um<br />

auto de como não existia tal padrão.<br />

Estavam então (por incidentes occorridos no congresso de<br />

Cambrai) interrompidas, desde janeiro de 1725, as relações com<br />

a França, como o estiveram por 14 annos. Durante este intervalo,<br />

alguns empregados zelosos de Cayenna por meio de argucias,<br />

mais ou menos innocentes, provocaram novas dúvidas<br />

acerca da fronteiras do Oyapoc, propagaram-as pelo mundo<br />

por meio da imprensa, em quanto em Portugal nada se publicava,<br />

e se formava assim a crença de que os limites do<br />

Brazil não iam ao Oyapoc. Um governador do Maranhão, o<br />

velho José de Serra, longe de seguir o exemplo de seus predecessores,<br />

chegou a transigir com o de Cayenna para que, até<br />

receberam ambos ordens das respectivas cortes, se contivessem<br />

no Cachipur; e só depois de recebidas as respectivas ordens<br />

reparou o erro em 2 de novembro de 1733.<br />

Pouco depois, a companhia franceza das índias, vendo os<br />

nossos occupados em lutas na extrema meridional, julgou<br />

*) Transcr. no Em. Cor. de Baena, p. 395—404.<br />

2 ) Prov. de 8 de jan. de 1721.

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