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Baixar - Brasiliana USP

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1050 XLVIII. - REGÊNCIA DO PRÍNCIPE D. JOÃO EM LISBOA,<br />

17.° J , chegara a produzir ao estado uma renda de cem mil<br />

cruzados por anno, o que nos não deve admirar, sabendo que<br />

cada balêa produzia proximamente um conto de reis, em deseseis<br />

pipas d'azeite, e perto de igual numero de arrobas de<br />

barbatana. Porém o monopólio deixou de ser possivel, desde<br />

que as balêas perseguidas, primeiro na Bahia e depois em<br />

Cabo Frio e em Santa Catharina, começaram a emigrar do<br />

Brazil, refugiando-se ás Maluinas; com o que ja perderam os<br />

últimos contratadores. As armações eram do estado, e em 1789<br />

se avaliavam em mais de cento e dezeseis contos de reis, com<br />

os competentes escravos e armazéns.<br />

Muito mais que com a abolição do monopólio das balêas,<br />

ganhou o Brazil com a do rendoso contracto do sal, até<br />

certo ponto vexatório e cruel, como artigo de primeira necessidade.<br />

Concedeu-lhe esse beneficio o alvará de 24 de abril<br />

de 1801, ampliado pelos de 7 e 27 do próprio mez no anno<br />

seguinte, e pelo de 30 de setembro de 1803. Por via de regra,<br />

anteriormente, era este contracto rematado por seis annos, e<br />

algumas vezes o levava por sua conta a fazenda publica 2 .<br />

Se o sal não houvera antes sido tão caro, em virtude do<br />

monopólio, talvez se houvera desenvolvido mais nos Ilheos e<br />

Porto Seguro a pesca dos meros e garoupas, e em Santos a<br />

das tainhas e enxovas.<br />

A abolição do monopólio do sal, advogada em grande<br />

parte, segundo dissemos, pelo eximio patriota o bispo Azeredo<br />

Coutinho, teve logar simultaneamente com a adopçâo<br />

de resoluções de toda a transcendência para introduzir de<br />

uma vez no Brazil, da civilisada Europa central, a industria<br />

da mineração do ferro, metal neste nosso paiz tão abundante<br />

e mais que nenhum outro necessário ao homem. Reservandonos<br />

porém a dedicar a este assumpto, uma secção especial,<br />

deixaremos agora de occupar-nos delle; pois cumpre-nos dedicar<br />

as últimas paginas desta secção para dar conta dos<br />

effeitos que no próprio Brazil produziram os livros revolucionários<br />

e a própria revolução franceza.<br />

*) Tom. I, pag. 409.<br />

2 ) Para satisfação dos curiosos citámos na I a - ed., vol. II, p. 288 e 289<br />

alguns factos de que tivemos á mâo os documentos.

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