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Baixar - Brasiliana USP

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LIV. - ESCRIPTORES. VIAJANTES E IMPRENSA PERIÓDICA DO REINADO. 1189<br />

ou de linguagem; antes pelo contrario neste sentido muito ha<br />

que desculpar a um homem que vivia em paiz estrangeiro,<br />

em uma época em que ainda o horror pelos gallicismos não<br />

havia passado da pessoa do desterrado Filinto; mas foi um<br />

político pensador e creador. As notícias do Correio Braziliense<br />

tendiam sempre a um fim certo; giravam todas na orbita que<br />

o illustrado redactor havia assignado ao Brazil. — Ao dar<br />

conta de uma instituição politica extrangeira, ao citar o exemplo<br />

da independência deste ou daquelle estado americano, Hfpolito<br />

tinha sempre na mente o Brazil, e a influencia, — o effeito<br />

que para o seu fim çonvinha produzir. Mas não só deste<br />

modo, e indirectamente, ia considerando o que çonvinha, como,<br />

sobretudo nos últimos tempos, abordava francamente muitas<br />

questões do paiz, e tractava-as como se se dirigisse a uma<br />

nação, onde a liberdade de imprensa fosse plenissima, para<br />

o bem do Estado, pois como elle dizia em março de 1819 *:<br />

„A difficuldade de publicar obras periódicas no Brazil, ja pela<br />

censura previa, ja pelo perigo a que os redactores se exporiam,<br />

falando livremente das acções dos homens poderosos,<br />

fez cogitar o expediente de imprimir similhantes obras em<br />

paizes extrangeiros. A França e a Inglaterra foram principalmente<br />

os pontos de reunião destas publicações, desde a época<br />

em que a familia real passou a ter a sua residência no Rio<br />

de Janeiro. — Aberto este canal pode dizer-se que se estabeleceu<br />

a liberdade de imprimir para o Brazil, posto que não no Brazil...<br />

esta liberdade... ja tem estado em prática por mais de dez<br />

annos."<br />

E esteve em quanto durou o Correio Braziliense. E por<br />

uma notável singularidade, livre como era no Brazil, onde<br />

estava a corte, a venda e a leitura desta publicação, em que<br />

se pregava abertamente o systema constitucional e os jurados,<br />

foi ella por duas vezes prohibida em Portugal (pelo principal<br />

Souza Coutinho), „assim como todos os escriptos do seu furioso<br />

e malévolo autor." — Estas últimas prohibições em Portugal<br />

tiveram logar em 17 de setembro de 1811, 2 de março<br />

de 1812 e 25 de junho de 1817*.<br />

») XXH, 315.<br />

J ) Corr. Braz. XIX, p. 64. ^No Rio de Janeiro, prohibido pelo conde de

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