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1060 XLVUI. — REGÊNCIA DO PRLNCIPE D. JOÃO EM LISBOA.<br />

mui relacionada com a da França, e vários fidalgos, dos que<br />

ao depois seguiram as bandeiras de Napoleão, como até a<br />

própria princeza, esposa do regente. Foi esta conspiração<br />

prevenida pelo ministro Villa Verde, que pouco depois falleceu,<br />

com desconfianças de envenenado; mas a respeito delia,<br />

por desejos do príncipe, tanto segredo se guardou que vários<br />

dos seus pormenores foram considerados um verdadeiro enigma;<br />

e por nossa parte apenas alcançámos alguns delles, ha mais<br />

de trinta annos, da própria boca de um collega acadêmico,<br />

que tinha razões para estar de tudo bem informado.<br />

Falhada esta conjuração, e retirando-se Junot, sem esperar,<br />

se quer, ter para isso licença, Portugal seguiu em paz<br />

graças ás guerras, em que se viu Napoleão com a Inglaterra,<br />

a Áustria, a Prússia e a Rússia. Effectuada porém a paz com<br />

a Áustria, em Presburgo, no fim do anno 1805 (26 de dezembro),<br />

depois das victorias d'Ulm e d'Austerlitz, e com as<br />

duas ultimas potências em Tilsit, em meiados (7 de julho) de<br />

1807, depois das victorias de Jena, Eylau e Friedland, não<br />

acabava de regressar a Saint Cloud (27 de julho), quando<br />

a pretexto de hostilisar á Inglaterra, com a qual nada podia<br />

por mar depois da batalha de Trafalgar (21 de out. de 1805),<br />

deliberou apoderar-se de Portugal, provocando-o para isso<br />

por um pedido que elle sabia ser inexiquivel l , e apoiando<br />

este pela promessa de grandes concessões á Hespanha e de<br />

uma soberania em favor do seu primeiro ministro omnipotente<br />

o príncipe de Ia - Paz. As ordens foram dadas com tanta<br />

presteza que, passados apenas quinze dias, a 12 de agosto,<br />

o embaixador hespanhol e o encarregado da França em Lisboa<br />

passavam uma nota impondo a Portugal não só o encerramento<br />

dos portos aos navios inglezes, como o seqüestro e<br />

confiscação de todas as fazendas dos inglezes e a prizão de todos<br />

os subditos britânicos. Preparando-se, desde logo o regente, por<br />

indicação de Thomaz Antônio de Villa Nova Portugal, a pôr<br />

em salvo no Brazil o penhor da sua dynastia, enviando a<br />

este paiz o príncipe D. Pedro, respondeu, no mez de setembro,<br />

que repugnava á sua honra e á sua religião o fazer<br />

*) Veja-se mais adiante a nota com o teor das instrucções a Junot para<br />

nâo^admittir nenhumas concessões do príncipe regente.

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