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Política e cotidiano - ABA

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SILVIA MARIA AZEVEDO DOS SANTOS E THEOPHILOS RIFIOTIS<br />

Alzheimer e no suporte a seus familiares como um conjunto de<br />

medidas baseadas na “parceria” entre “cuidadores<br />

profissionais” e “cuidadores leigos” cuja ênfase reside na<br />

judicilização das relações sociais e na “reprivatização do<br />

cuidado”.<br />

*<br />

A questão específica que pretendemos abordar no<br />

presente texto deve ser contextualizada no quadro dos<br />

importantes avanços científicos e tecnológicos. Especialmente<br />

na área da medicina, conseguiu-se debelar as infecções,<br />

erradicar muitas das doenças infecto-contagiosas, fazer<br />

diagnósticos cada vez mais precisos e, precocemente, descobrir<br />

a cura ou tratamentos para controlar muitas doenças, recuperar<br />

e reabilitar problemas antes tidos como insolúveis, ampliar a<br />

expectativa de vida e atingir índices de longevidade nunca antes<br />

imaginados. No Brasil, tais fatores contribuíram enormemente<br />

para uma rápida transição demográfica que se traduz no<br />

aumento absoluto da população adulta e idosa na pirâmide<br />

populacional. Outro aspecto que merece destaque é o fato de o<br />

envelhecimento em nosso país, assim como na maioria dos<br />

países latino-americanos, ser um fenômeno predominantemente<br />

urbano, conseqüência do movimento migratório interno que se<br />

iniciou na década de sessenta e cuja projeção indica que, até<br />

metade deste século, 82% dos idosos brasileiros estarão vivendo<br />

nas cidades (VERAS, 2002).<br />

Do ponto de vista da saúde, pode-se afirmar que, de<br />

maneira geral, uma parte significativa da população chega à<br />

velhice gozando de boa saúde. Porém, ainda assim, uma parte<br />

importante da população desenvolve doenças cuja prevalência<br />

aumenta na medida em que a pessoa envelhece, como, por<br />

exemplo, as doenças neurodegenerativas, aumentando a<br />

fragilização e a dependência. É importante lembrar que, num<br />

sentido amplo, a situação de dependência tende a crescer com<br />

a idade, levando as estimativas de que 40% da população com<br />

mais de sessenta e cinco anos requerem auxílio para atividades<br />

como compras, cuidar das finanças, preparar refeições, limpar<br />

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