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Ciclo dos Fundadores da ABL - Academia Brasileira de Letras

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Alberto Venancio Filho<br />

Estado <strong>de</strong> São Paulo; João Antônio <strong>de</strong> Oliveira César; Isaías Martins <strong>de</strong> Almei<strong>da</strong><br />

e Leopoldo Teixeira Leite, advoga<strong>dos</strong> afama<strong>dos</strong>; Manoel Ignácio Carvalho<br />

<strong>de</strong> Mendonça, eminente civilista, a quem se <strong>de</strong>vem a Doutrina e Prática <strong>da</strong>s<br />

Obrigações, Rio e Águas Correntes e Contratos no Direito Civil Brasileiro; Theófilo Dias<br />

<strong>de</strong> Mesquita e Eduardo Paulo <strong>da</strong> Silva Prado. Diz Eucli<strong>de</strong>s:<br />

Destacara-se (Valentim) notavelmente, granjeando invejável nomea<strong>da</strong><br />

entre conterrâneos que se chamavam Júlio <strong>de</strong> Castilhos, Silva Jardim, Barros<br />

Cassal, Teófilo Dias, Eduardo Prado, Raul Pompéia, Lúcio <strong>de</strong> Mendonça,<br />

Assis Brasil, Afonso Celso, Fontoura Xavier, Augusto <strong>de</strong> Lima,<br />

Alci<strong>de</strong>s Lima, Alberto Sales, Pedro Lessa, Luís Murat, Júlio <strong>de</strong> Mesquita,<br />

Raimundo Correia.<br />

Ora, Valentim foi a figura representativa no meio <strong>de</strong> tão díspares tendências,<br />

por isto mesmo que lhe faltou sempre uma diretriz à ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> dispersiva.<br />

Spencer Vampré, falando <strong>de</strong>ssa fase, diria: “Valentim Magalhães, espírito<br />

vibrante e combatido <strong>de</strong> poeta, <strong>de</strong> jornalista, e <strong>de</strong> crítico”, e <strong>de</strong>le transcreve:<br />

A nau <strong>da</strong> vi<strong>da</strong><br />

Veleja a nau <strong>da</strong> Vi<strong>da</strong>... De repente :<br />

– “Mais um!” bra<strong>da</strong> Saturno, e às on<strong>da</strong>s lança<br />

O cadáver <strong>de</strong> um ano... Docemente<br />

Desliga o barco, ao sopro <strong>da</strong> Esperança.<br />

Canta, na tol<strong>da</strong>, a Juventu<strong>de</strong> ar<strong>de</strong>nte;<br />

Chora a Velhice, e invali<strong>da</strong> <strong>de</strong>scansa;<br />

E a Morte, – nuvem negra –, indiferente,<br />

Por sobre as águas pérfi<strong>da</strong>s avança.<br />

– “Mais um!” repete o nauta apavorado;<br />

Como um fúnebre pêndulo, oscilando<br />

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