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Intervenções de enfermagem no controle do câncer - Instituto ...

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Boca/laringe/cabeça e pescoço<br />

Introdução<br />

Atualmente, o <strong>câncer</strong> é a segunda causa <strong>de</strong> morte por <strong>do</strong>ença <strong>no</strong> Brasil e <strong>no</strong> mun<strong>do</strong>.<br />

Segun<strong>do</strong> a Organização Mundial da Saú<strong>de</strong>, em 2005, o <strong>câncer</strong> causou 7,6 milhões <strong>de</strong> mortes <strong>no</strong><br />

mun<strong>do</strong>, o que representou 13% <strong>do</strong> total <strong>de</strong> óbitos em to<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong> (INCA, 2007b).<br />

Quanto ao <strong>câncer</strong> <strong>de</strong> cavida<strong>de</strong> bucal, estima-se que ocorrerão, <strong>no</strong> Brasil, em 2008, cerca <strong>de</strong><br />

14.160 casos <strong>no</strong>vos, sen<strong>do</strong> que mais <strong>de</strong> 50% <strong>de</strong>les, ou seja, 8.010 casos <strong>no</strong>vos, na Região Su<strong>de</strong>ste<br />

(INCA, 2007a). A preocupação com o <strong>câncer</strong> <strong>de</strong> boca é justificada pelo fato <strong>de</strong> estar entre as oito<br />

neoplasias malignas mais freqüentemente diag<strong>no</strong>sticadas <strong>no</strong> Brasil. É consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> o <strong>câncer</strong> mais<br />

comum da região da cabeça e pescoço, excluin<strong>do</strong>-se o <strong>câncer</strong> <strong>de</strong> pele. Apesar <strong>de</strong> ser uma patologia<br />

<strong>de</strong> fácil diagnóstico, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> às suas lesões precursoras bem <strong>de</strong>finidas e visíveis, mais <strong>de</strong> 60%<br />

<strong>do</strong>s casos matricula<strong>do</strong>s <strong>no</strong> <strong>Instituto</strong> Nacional <strong>de</strong> Câncer (INCA) chegam em esta<strong>do</strong> avança<strong>do</strong> (III<br />

e IV), o que requer ressecção cirúrgica ampla, implican<strong>do</strong> em déficits funcionais e seqüelas (INCA,<br />

2007a).<br />

A falta <strong>de</strong> <strong>de</strong>tecção <strong>do</strong> <strong>câncer</strong> <strong>de</strong> boca em fase inicial resulta em distúrbios que po<strong>de</strong>m ser<br />

<strong>de</strong>vasta<strong>do</strong>res para os indivíduos. Quan<strong>do</strong> não há tratamento precoce, indivíduos e seus familiares<br />

terão <strong>de</strong> enfrentar a <strong>de</strong>sfiguração, o déficit sensorial/funcional, os distúrbios psicológicos, alterações<br />

na interação social e na sexualida<strong>de</strong>, ou até a morte (HAGGOOD, 2001).<br />

Proporcionar cuida<strong>do</strong> e educação para estes pacientes e familiares representa um significante<br />

<strong>de</strong>safio para a Enfermagem. Assim, o enfermeiro é o profissional mais habilita<strong>do</strong> e disponível<br />

para apoiar e orientar o paciente e a família na vivência <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> <strong>do</strong>ença, tratamento<br />

e reabilitação, afetan<strong>do</strong> <strong>de</strong>finitivamente a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida futura. Da<strong>do</strong> o intrica<strong>do</strong> cuida<strong>do</strong><br />

e manejo <strong>de</strong>ssa <strong>do</strong>ença para as pessoas porta<strong>do</strong>ras <strong>de</strong> <strong>câncer</strong> na cavida<strong>de</strong> bucal, a prevenção ou,<br />

na pior das hipóteses, a <strong>de</strong>tecção <strong>de</strong> lesões iniciais, obviamente é o melhor caminho.<br />

O enfermeiro, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à sua formação, é um profissional que po<strong>de</strong> participar ativamente<br />

<strong>no</strong> planejamento e execução <strong>de</strong> ações preventivas ou <strong>de</strong> <strong>de</strong>tecção precoce. As ações preventivas<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m <strong>de</strong> investimento na educação da população quanto à eliminação <strong>do</strong>s fatores <strong>de</strong><br />

risco e auto-exame da boca. Já as ações <strong>de</strong> <strong>de</strong>tecção precoce envolvem a realização <strong>de</strong> procedimentos<br />

técnicos simples e <strong>de</strong> baixo custo, como os exames <strong>de</strong> inspeção da cavida<strong>de</strong> bucal e região<br />

cervical.<br />

Como o melhor <strong>controle</strong> da saú<strong>de</strong> bucal é aquele realiza<strong>do</strong> pelo próprio indivíduo, a realização<br />

mensal <strong>do</strong> auto-exame da boca é fundamental para que lesões possam ser i<strong>de</strong>ntificadas em<br />

fase inicial. As instruções para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> auto-exame da boca são difundidas à população<br />

através <strong>de</strong> panfletos ou <strong>de</strong> meio eletrônico (internet).<br />

Bases <strong>do</strong> tratamento › 349<br />

<strong>Intervenções</strong> <strong>de</strong> <strong>enfermagem</strong> <strong>no</strong> <strong>controle</strong> <strong>do</strong> <strong>câncer</strong>– Capítulo 6

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