Intervenções de enfermagem no controle do câncer - Instituto ...
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<strong>Intervenções</strong> <strong>de</strong> <strong>enfermagem</strong> <strong>no</strong> <strong>controle</strong> <strong>do</strong> <strong>câncer</strong>– Capítulo 6<br />
‹ Ações<br />
<strong>de</strong> prevenção primária e secundária <strong>no</strong> <strong>controle</strong> <strong>do</strong> <strong>câncer</strong><br />
fina. O estadiamento basea<strong>do</strong> na extensão anatômica <strong>do</strong> tumor <strong>de</strong> pulmão, segun<strong>do</strong> a classificação<br />
TNM, é T2N0M0, e por grupamento por estádios é IB.<br />
Ao retornar para a enfermaria, após longo perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> tempo <strong>de</strong> recuperação pós-anestésica,<br />
encontrava-se so<strong>no</strong>lento e hipotérmico. Após completa recuperação da anestesia, apresenta<br />
bom esta<strong>do</strong> geral, respon<strong>de</strong>n<strong>do</strong> prontamente às solicitações verbais, preocupa<strong>do</strong> com o resulta<strong>do</strong><br />
da cirurgia realizada, queixan<strong>do</strong>-se <strong>de</strong> <strong>do</strong>r intensa em hemitórax direito, região da incisão cirúrgica,<br />
e inserção <strong>do</strong>s dre<strong>no</strong>s <strong>de</strong> tórax, <strong>do</strong>r mo<strong>de</strong>rada ao repouso (EVA = 5) e <strong>do</strong>r intensa ao tossir<br />
e/ou ao mobilizar-se (EVA = 9). Dificulda<strong>de</strong> para mobilizar-se <strong>no</strong> leito, resistente quanto aos exercícios<br />
respiratórios, me<strong>do</strong> <strong>de</strong> tossir e respirar profundamente <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao aumento da intensida<strong>de</strong><br />
da <strong>do</strong>r. Hidratação ve<strong>no</strong>sa por acesso ve<strong>no</strong>so profun<strong>do</strong> em subclávia direita, dre<strong>no</strong>s tubulares<br />
anterior e posterior em hemitórax direito, ambos em selo d’água (500 ml), drenagem hemática e<br />
com fuga aérea. Curativos cirúrgicos externamente limpos e secos; catéter peridural para analgesia<br />
com solução contínua (em bomba infusora) <strong>de</strong> Fentanil 50 mg/ml + Ropivacaína 0,5% com<br />
Analgesia Controlada pelo Paciente (PCA) 3 ml/h. ACV= BNF em 2T, sem sopros. Freqüência cardíaca:<br />
68 bpm. Pressão arterial: 110 x 70 mm/Hg. Aparelho respiratório: murmúrios vesiculares universalmente<br />
audíveis (AR= MVUA) sem roncos adventícios. Freqüência respiratória: 18 irpm (eupnéico).<br />
Tosse produtiva com raios sangüi<strong>no</strong>lentos; oxigenioterapia por tenda facial há 3 l/min;<br />
cateter vesical <strong>de</strong> <strong>de</strong>mora; diurese em bom débito (500 ml) <strong>de</strong> coloração amarelo-clara. Refere<br />
náuseas, episódios <strong>de</strong> vômitos em pequena quantida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> coloração amarelo-esver<strong>de</strong>ada, dieta<br />
zero. Permanece em repouso, banho/higiene realiza<strong>do</strong>s <strong>no</strong> leito pela equipe <strong>de</strong> técnicos <strong>de</strong> <strong>enfermagem</strong><br />
por 24 horas a 48 horas, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com sua evolução clínica. Temperatura axilar: 36,4ºC.<br />
No primeiro dia <strong>de</strong> pós-operatório, evoluiu em criteriosa observação, pois apresentava quadro<br />
<strong>de</strong> náuseas e vômitos freqüentes, aceitan<strong>do</strong> parcialmente a dieta oferecida; <strong>do</strong>r <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rada<br />
intensida<strong>de</strong> à mobilização <strong>no</strong> leito para sentar; na ausculta pulmonar apresentava murmúrios<br />
vesiculares universalmente audíveis, com estertores crepitantes na base <strong>do</strong> pulmão direito, com<br />
expectoração <strong>de</strong>ficiente e retenção urinária após seis horas da retirada <strong>do</strong> cateter vesical <strong>de</strong> <strong>de</strong>mora,<br />
pois apresentava globo vesical palpável, necessitan<strong>do</strong> cateterização vesical <strong>de</strong> alívio, <strong>controle</strong><br />
rigoroso da analgesia e antieméticos ofereci<strong>do</strong>s para o quadro <strong>de</strong> náuseas e vômitos e exame<br />
radiológico <strong>do</strong> pulmão.<br />
Nos dias subseqüentes evoluiu bem, com melhor resposta álgica, realizan<strong>do</strong> melhor os<br />
exercícios respiratórios, nebulizações regulares, expectoração <strong>de</strong> secreções traqueobrônquicas,<br />
ferida operatória com pontos íntegros e sem sinais <strong>de</strong> flogose, <strong>de</strong>ambulação freqüente, diminuição<br />
progressiva da drenagem torácica e <strong>controle</strong> radiológico diário. No quarto dia <strong>de</strong> pós-operatório,<br />
retira<strong>do</strong> dre<strong>no</strong> <strong>de</strong> tórax anterior (drenagem serosa <strong>de</strong> 100 ml) e, <strong>no</strong> quinto dia, retira<strong>do</strong><br />
dre<strong>no</strong> <strong>de</strong> tórax posterior (drenagem serosa <strong>de</strong> 100 ml). Seis horas após confirmação <strong>de</strong> EVA= 0,<br />
retira<strong>do</strong> cateter peridural e, após orientações médicas e <strong>de</strong> <strong>enfermagem</strong>, recebe alta hospitalar<br />
em companhia <strong>de</strong> familiares.<br />
A seguir (quadros 36 e 37), apresentam-se os diagnósticos <strong>de</strong> <strong>enfermagem</strong> i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>s <strong>de</strong><br />
acor<strong>do</strong> com a fase <strong>do</strong> processo terapêutico, envolven<strong>do</strong> os pré e pós-operatórios.