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Intervenções de enfermagem no controle do câncer - Instituto ...

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A tomografia computa<strong>do</strong>rizada e o exame <strong>de</strong> ressonância magnética são procedimentos <strong>de</strong><br />

exceção, <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> ser usa<strong>do</strong>s para avaliação da extensão da lesão <strong>no</strong>s casos em que o exame clínico<br />

é insuficiente ou em casos em que o tamanho <strong>do</strong> tumor ou as condições <strong>de</strong> linfo<strong>no</strong><strong>do</strong>s cervicais<br />

<strong>de</strong>terminarão a operabilida<strong>de</strong> ou a extensão da cirurgia a ser proposta (INCA, 2007).<br />

As opções <strong>de</strong> tratamento vão variar <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o estádio clínico das lesões, que varia <strong>de</strong><br />

I a IV, segun<strong>do</strong> a classificação TNM <strong>do</strong> American Joint Commitee on Cancer (AJCC), a<strong>do</strong>tada pela<br />

União Internacional Contra o Câncer (UICC) (RAPOPORT, 2001). Depen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> <strong>do</strong> local e extensão<br />

<strong>do</strong> tumor primário e <strong>do</strong> status <strong>do</strong>s linfo<strong>no</strong><strong>do</strong>s cervicais, o tratamento <strong>do</strong> <strong>câncer</strong> da cavida<strong>de</strong> bucal<br />

po<strong>de</strong> ser cirúrgico, radioterápico, quimioterápico, ou uma combinação <strong>de</strong>les. A cirurgia para<br />

ressecção <strong>do</strong>s tumores primários <strong>de</strong>ve incluir sempre toda a lesão tumoral e uma margem <strong>de</strong> 1<br />

cm <strong>de</strong> teci<strong>do</strong> livre <strong>de</strong> tumor em todas as dimensões. Pequenas lesões são facilmente ressecáveis e<br />

não <strong>de</strong>ixam seqüelas. O paciente <strong>de</strong>verá ser assisti<strong>do</strong> por fisioterapeuta, nutricionista, enfermeiro,<br />

assistente social, fo<strong>no</strong>audiólogo, estômato-o<strong>do</strong>ntologista e psicólogo na sua reabilitação após<br />

a cirurgia (INCA, 2007).<br />

A radioterapia é contra-indicada em tumores peque<strong>no</strong>s <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> às complicações importantes<br />

como a xerostomia, cáries <strong>de</strong> irradiação (cárie actínica) ou osteorradionecrose. É indicada<br />

como adjuvante nas lesões extensas, em que <strong>de</strong>ve incluir as ca<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> drenagem linfática, mesmo<br />

quan<strong>do</strong> clinicamente elas não estejam acometidas. Para o tratamento <strong>de</strong> casos avança<strong>do</strong>s,<br />

po<strong>de</strong>-se associar radioterapia convencional e quimioterapia sistêmica. Células resistentes à radioterapia<br />

po<strong>de</strong>m tornar-se sensíveis na presença <strong>de</strong> quimioterápicos, particularmente a cisplatina e<br />

o paclitaxel. Como tratamento exclusivo, po<strong>de</strong> ser indicada como paliação em pacientes consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s<br />

i<strong>no</strong>peráveis. Restaurações <strong>de</strong>ntárias e/ou exo<strong>do</strong>ntias <strong>de</strong>vem ser feitas previamente à radioterapia.<br />

Durante o tratamento, é fundamental que o paciente mantenha rigoroso cuida<strong>do</strong> <strong>de</strong>ntário,<br />

incluin<strong>do</strong> a aplicação <strong>de</strong> flúor (RAPOPORT, 2001).<br />

Fontes radioativas po<strong>de</strong>m ser inseridas para prover irradiação em <strong>do</strong>ses elevadas <strong>no</strong> tumor<br />

primário e nas margens, com me<strong>no</strong>r distribuição <strong>de</strong> <strong>do</strong>se <strong>no</strong>s teci<strong>do</strong>s adjacentes e a braquiterapia<br />

em altas taxas <strong>de</strong> <strong>do</strong>se. Nesta modalida<strong>de</strong> terapêutica, consi<strong>de</strong>ra-se que a <strong>do</strong>se necessária para<br />

o <strong>controle</strong> da maioria <strong>do</strong>s carci<strong>no</strong>mas espi<strong>no</strong>celulares <strong>de</strong> cabeça e pescoço aproxima-se da <strong>do</strong>se<br />

tolerada pelos teci<strong>do</strong>s <strong>no</strong>rmais. É mais indicada para pacientes porta<strong>do</strong>res <strong>de</strong> lesões bem <strong>de</strong>limitadas<br />

e acessíveis, ou <strong>do</strong>ença residual mínima após ressecção. Apresenta as vantagens <strong>de</strong> rapi<strong>de</strong>z<br />

na aplicação, maior <strong>de</strong>struição <strong>de</strong> células tumorais com me<strong>no</strong>r da<strong>no</strong> aos teci<strong>do</strong>s sadios adjacentes<br />

e dispensa <strong>de</strong> internação hospitalar (RAPOPORT, 2001).<br />

Após o tratamento <strong>do</strong> <strong>câncer</strong> <strong>de</strong> boca, os pacientes <strong>de</strong>vem manter-se sob uma rotina <strong>de</strong><br />

acompanhamento em busca da <strong>de</strong>tecção o mais breve possível <strong>de</strong> qualquer recidiva da lesão primária<br />

ou metastática. O acompanhamento (ou <strong>controle</strong>) pós-tratamento é mensal <strong>no</strong> primeiro<br />

a<strong>no</strong>, trimestral <strong>no</strong> segun<strong>do</strong>, semestral após o terceiro a<strong>no</strong> e anual após o quinto a<strong>no</strong>. É realiza<strong>do</strong><br />

através <strong>de</strong> exame da cavida<strong>de</strong> bucal e ca<strong>de</strong>ias linfáticas cervicais; avaliação <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> geral <strong>do</strong><br />

paciente (qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida); laringoscopia indireta; radiografia simples <strong>de</strong> tórax anualmente; e<br />

esofagoscopia, realizada anualmente para pesquisa <strong>de</strong> segun<strong>do</strong> tumor primário <strong>no</strong> trato aerodigestivo<br />

superior (INCA, 2007a).<br />

Bases <strong>do</strong> tratamento › 351<br />

<strong>Intervenções</strong> <strong>de</strong> <strong>enfermagem</strong> <strong>no</strong> <strong>controle</strong> <strong>do</strong> <strong>câncer</strong>– Capítulo 6

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