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Intervenções de enfermagem no controle do câncer - Instituto ...

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<strong>Intervenções</strong> <strong>de</strong> <strong>enfermagem</strong> <strong>no</strong> <strong>controle</strong> <strong>do</strong> <strong>câncer</strong>– Capítulo 6<br />

‹ Ações<br />

<strong>de</strong> prevenção primária e secundária <strong>no</strong> <strong>controle</strong> <strong>do</strong> <strong>câncer</strong><br />

Clinicamente, os tumores pediátricos possuem um perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> latência me<strong>no</strong>r, apresentan<strong>do</strong><br />

um crescimento rápi<strong>do</strong>, porém com melhor resposta ao tratamento <strong>do</strong> que os tumores <strong>de</strong> indivíduos<br />

adultos.<br />

Os sinais e sintomas como alterações <strong>de</strong> comportamento, cefaléia, vômitos e e<strong>de</strong>ma <strong>de</strong> papila<br />

são sinais clássicos <strong>de</strong> hipertensão intracraniana.<br />

O diagnóstico <strong>do</strong>s tumores intracrania<strong>no</strong>s é realiza<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> surgem sintomas <strong>de</strong> compressão<br />

em <strong>de</strong>terminada área <strong>do</strong> cérebro. O quadro clínico se manifesta por sintomas <strong>de</strong>correntes<br />

<strong>de</strong> sofrimento difuso (hipertensão intracraniana ou <strong>de</strong> hérnias cerebrais internas) ou <strong>de</strong> sofrimento<br />

focal, que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da localização topográfica <strong>do</strong> processo expansivo.<br />

Para <strong>de</strong>terminar o esta<strong>do</strong> funcional <strong>do</strong> Sistema Nervoso Central, é necessário um exame físico<br />

e neurológico minucioso. As informações em pediatria são quase sempre fornecidas pelos familiares,<br />

porém é muito importante envolver a criança na entrevista, sen<strong>do</strong> necessário, muitas vezes, utilizar<br />

brinca<strong>de</strong>iras para facilitar essa interação, o que requer paciência e habilida<strong>de</strong> por parte <strong>do</strong> enfermeiro.<br />

É durante o exame físico que o enfermeiro começa a criar maior interação com a criança e<br />

com a família, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong>, nessa ocasião, esclarecer suas dúvidas e minimizar suas ansieda<strong>de</strong>s.<br />

A arte <strong>de</strong> examinar em pediatria é uma tarefa difícil, que requer habilida<strong>de</strong> técnica e sensibilida<strong>de</strong><br />

por parte <strong>do</strong> examina<strong>do</strong>r. Além <strong>de</strong>, muitas vezes, ele ter que lidar com crianças extremamente<br />

irritadas pela hospitalização e pela própria patologia, o enfermeiro também precisa lidar<br />

com pais ansiosos, que se encontram diante <strong>de</strong> um filho com um tumor cerebral e que, muitas<br />

vezes, buscam respostas e responsáveis pela tragédia familiar que estão viven<strong>do</strong>. Nesse momento,<br />

o enfermeiro e sua equipe precisam ser pacientes e compreensivos e utilizar uma linguagem<br />

acessível e acolhe<strong>do</strong>ra.<br />

É importante colher da<strong>do</strong>s que indiquem alterações das ativida<strong>de</strong>s diárias da criança (piora<br />

<strong>no</strong> <strong>de</strong>sempenho escolar, mudanças <strong>de</strong> comportamento, <strong>de</strong>sinteresse pelos brinque<strong>do</strong>s etc.), para<br />

que se possa avaliar a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida que ela apresenta <strong>no</strong> momento da entrevista e também<br />

para <strong>no</strong>rtear o tratamento a ser realiza<strong>do</strong>.<br />

O exame clínico <strong>de</strong>ve ser realiza<strong>do</strong> <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com cada etapa <strong>do</strong> processo evolutivo <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

psicomotor em que se encontra a criança. Aspectos importantes também <strong>de</strong>vem ser<br />

observa<strong>do</strong>s, tais como: medida <strong>do</strong> perímetro cefálico, reflexos (sucção, pressão plantar, marcha reflexa,<br />

plantar, moro), equilíbrio, coor<strong>de</strong>nação, reflexo <strong>de</strong> <strong>de</strong>glutição, <strong>controle</strong> <strong>de</strong> esfíncteres, <strong>controle</strong><br />

da fala (disartria, dislalia etc.), movimentos espontâneos. Deve-se também avaliar o esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> afetivida<strong>de</strong>,<br />

psiquismo, linguagem, socialização, memória, capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizagem etc.<br />

Os sintomas cardinais <strong>de</strong> hipertensão intracraniana na infância são cefaléia, vômito e distúrbio<br />

da marcha. Em crianças em que as suturas cranianas ainda se encontram abertas, o aparecimento<br />

<strong>do</strong>s sinais e sintomas po<strong>de</strong> levar semanas ou meses para se manifestar e só irão aparecer<br />

<strong>de</strong>pois que os mecanismos fisiológicos cerebrais compensatórios <strong>de</strong> aumento da pressão intracraniana<br />

tiverem si<strong>do</strong> utiliza<strong>do</strong>s.

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