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Intervenções de enfermagem no controle do câncer - Instituto ...

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<strong>Intervenções</strong> <strong>de</strong> <strong>enfermagem</strong> <strong>no</strong> <strong>controle</strong> <strong>do</strong> <strong>câncer</strong>– Capítulo 6<br />

‹ Ações<br />

<strong>de</strong> prevenção primária e secundária <strong>no</strong> <strong>controle</strong> <strong>do</strong> <strong>câncer</strong><br />

Colo <strong>do</strong> útero<br />

Introdução<br />

Entre os tumores que atingem o aparelho reprodutor femini<strong>no</strong>, o <strong>do</strong> colo uteri<strong>no</strong> é o mais<br />

freqüente, em or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> ocorrência, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a Fe<strong>de</strong>ração Internacional <strong>de</strong> Ginecologia e<br />

Obstetrícia (FIGO).<br />

Segun<strong>do</strong> o Ministério da Saú<strong>de</strong> <strong>no</strong> Brasil, estima-se que o <strong>câncer</strong> <strong>do</strong> colo <strong>do</strong> útero seja o<br />

terceiro mais comum na população feminina. Este tipo <strong>de</strong> <strong>câncer</strong> representa 19% <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os tumores<br />

malig<strong>no</strong>s em mulheres.<br />

Acomete mulheres em fase <strong>de</strong> atuação social familiar e profissional, geran<strong>do</strong> custos governamentais<br />

em serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e sociais. A evolução da <strong>do</strong>ença provoca lesões orgânicas graves<br />

e o tratamento, apesar <strong>do</strong>s avanços tec<strong>no</strong>lógicos, produze sua melhor eficácia apenas <strong>no</strong>s estádios<br />

iniciais.<br />

A <strong>do</strong>ença é prevenida através <strong>do</strong> exame <strong>de</strong> Papanicolaou, porém, a abrangência e a<strong>de</strong>são<br />

das mulheres ao programa <strong>de</strong> prevenção constituem um <strong>de</strong>safio enfrenta<strong>do</strong> com persistência<br />

pelo Ministério da Saú<strong>de</strong> <strong>no</strong> Brasil, em que a <strong>do</strong>ença apresenta risco estima<strong>do</strong> <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 20 casos<br />

a cada 100 mil mulheres.<br />

Etiologia<br />

Des<strong>de</strong> 1992, a Organização Mundial da Saú<strong>de</strong> (OMS) consi<strong>de</strong>ra que a persistência da infecção<br />

pelo Papilomavírus Huma<strong>no</strong> (HPV) representa o principal fator <strong>de</strong> risco para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

da <strong>do</strong>ença, muito embora estu<strong>do</strong>s tenham <strong>de</strong>monstra<strong>do</strong> que a infecção pelo HPV é necessária,<br />

mas não suficiente para a evolução <strong>do</strong> <strong>câncer</strong>. Além disso, o sorotipo <strong>do</strong> HPV, a carga viral<br />

e a associação com outros fatores <strong>de</strong> risco que atuam como co-fatores, tais como: fumo, contraceptivo<br />

oral, início precoce da ativida<strong>de</strong> sexual, multiciplicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> parceiros, história <strong>de</strong> <strong>do</strong>enças<br />

sexualmente transmissíveis, baixa escolarida<strong>de</strong> e renda, são essenciais para que a <strong>do</strong>ença ocorra.<br />

Carci<strong>no</strong>gênese cervical<br />

O HPV introduz seu material genético <strong>no</strong> DNA da célula hospe<strong>de</strong>ira, ocasionan<strong>do</strong> mutações<br />

que se acumulam e po<strong>de</strong>m progredir para a malignida<strong>de</strong>. Embora o processo <strong>de</strong> inserção <strong>de</strong> material<br />

genético viral para células <strong>no</strong>rmais seja comum em mulheres com amostras cervicais positivas<br />

para HPV, esse processo não resulta necessariamente em malignida<strong>de</strong>. A replicação <strong>do</strong> DNA<br />

<strong>do</strong> HPV inicia-se com uma fase <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>sta amplificação, através da entrada na camada basal da

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